Capítulo Quatorze

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Tudo estava indo como o planejado. Eu ainda evitava a minha mãe, mas sabia que em alguns dias eu teria que estar ao seu lado para incentiva-la a esquecer o meu professor e dar uma chance a Jace.

Eu roubei a agenda do Sr. Smith para poder ver onde ele estaria nos próximos dias. Infelizmente não encontrei muita coisa, o que me fez devolver a agenda. Depois de alguns dias a mais eu o segui até sua casa e fiquei muito tentada a bater na porta. Era uma casa bem bonita, muito a ver com o dono. E ele morava sozinho.

Esperei até de noite e o segui até um bar perto da escola. Não era nada comparado ao Prettys, mas era um lugar bem frequentado.

Passei o endereço para a minha amiga que me devia um favor e fiquei observando de longe até que ela se aproximasse.

Tive apenas alguns segundos quando ela fingiu estar bêbada e se jogou nos braços dele. Felizmente, em uma das fotos, consegui com que ele estivesse segurando firmemente sua cintura e os rostos bem próximos. Com certeza, nas fotos, aquilo era exatamente um casal se divertindo em um bar numa sexta feira a noite.

Mandei as imagens para um cara que eu havia ficado uma vez. Ele as imprimiu e pôs em um envelope. Escrevi o nome da minha mãe e paguei um dos enfermeiros novatos para deixar o envelope em cima do balcão.

No sábado a noite, a minha mãe chegou do plantão um pouco abalada. Eu estava assistindo TV e ela bateu a porta de modo que me fez assustar.

Eu me levantei, deixei o pote de sorvete no balcão e perguntei se estava tudo bem.

—Fui boba de pensar que Jason seria diferente. Felizmente, não me envolvi tanto. —Foi tudo o que ela disse.

Eu não quis perguntar o que era, apenas a abracei.

Ela também não parecia estar tão abalada, oque não fez com que eu me sentisse realmente culpada.

Na segunda feira ambos estavam oficialmente separados. Jason estava um pouco perdido nas explicações, mas não parecia triste como alguém que havia perdido uma pessoa que amava.

Isso me deixou motivada.

Anna Bennet não sofreu tanto com o término e Jason Smith menos ainda.

—Eu disse que ia dar certo. —Sussurrei para Ebe que me encarou com os olhos levemente arregalados.

—Então eles terminaram mesmo?

—Sim. —Sorri.

—Você é uma arma perigosa, Amber Bennet. —Ela acusou, rindo.

—Posso saber qual a graça? —Noah se inclinou para nós.

Ele era um amigo e tanto, mas não entenderia isso. Noah iria me julgar e me obrigar a esquecer tudo aquilo, por isso eu não me importei quando Ebe foi grossa em responder que não era da conta dele.

No fim da aula, enrolei enquanto o último aluno saia e me aproximei de sua mesa. Tentei colocar uma carranca no rosto quando disse:

—Você é bem fotogênico, Sr. Smith.

—Amber, como a sua mãe está? —Ele pareceu preocupado, ignorando a minha necessidade de provoca-lo.

—Ela está bem, não graças a você.

—Oque? Eu já disse a ela que eu não fiz nada! Não trairia a Anna. Uma garota bêbada se atirou nos meus braços e eu...

—Não tenta explicar nada, Sr. Smith. Já era. O seu relacionamento com a minha mãe já era.

Ele estreitou os olhos e posicionou as mãos na cintura.

—Até onde eu sei, você não estava feliz com a gente junto.

—E você tem razão. Mas não quer dizer que eu quisesse que você traísse ela.

Ele passou as mãos pelos cabelos e bufou.

—Vamos lá, Bennet. Você fez isso.

Sorri e apontei pra mim mesma.

—Eu? Então você tá dizendo que eu fiz você trair a minha mãe?

—Sim, eu não duvidaria. Você pareceu muito bem chupando o meu pau naquela cozinha, mesmo depois de saber que eu estava com ela.

Me inclinei sobre a mesa e olhei bem em seus olhos.

—E você pareceu muito bem quando gozou no meu vestido.

Ele contraiu a mandíbula como se estivesse nervoso e depois se aproximou um passo.

—Aquilo nunca vai se repetir, Bennet.

O encarei de volta, duvidando completamente de suas palavras.

—Repete isso, Sr. Smith  —Fechei a distância entre nós e aproximei meu rosto a centímetros do seu —Não senti firmeza nas suas palavras.

Ele me encarou intensamente, toda a raiva e a culpa transbordando do seu corpo apenas com aquele olhar que de repente se prenderam em meus lábios.

Eu deixei a minha mochila cair ao lado do meu corpo, sentindo aquela total tensão e energia pulsante que irradiava de nós. Levei os dedos para tocarem seu rosto, mas Jason Smith agarrou o meu pulso de uma forma firme e o apertou.

—Era isso o que você queria, Bennet?

Eu o encarei, imóvel. Seus olhos azuis cintilando de forma quente e opaca. Ele estava tremendo de um misto de pura raiva e desejo, eu podia enxergar através dele. Era um ódio que rasgava seu orgulho e queimava todos os pensamentos racionais que ele poderia ter no momento. Então, comprovando tudo aquilo, Jason Smith agarrou a minha cintura com a mão que não segurava meu pulso. Ele apertou sem nenhum tipo de ternura e me puxou contra ele. Gemi apenas com a intensidade em que a gente se encontrava, nunca senti minhas pernas tão moles quanto estavam e meu coração tão acelerado que parecia que ia sair do peito a todo vapor.

Seus lábios roçaram na pele sensível atrás da minha orelha, seu hálito quente provocando meu âmago.

—Aquilo que aconteceu na sua cozinha, Bennet —Ele sussurrou e me apertou mais contra ele —Nunca. Mais. Vai. Se. Repetir.

Então, como um passe de mágica, Jason Smith se foi e me deixou completamente tonta e molhada.

Mas, mesmo assim, eu sorri.

Não porque ele foi abusado ao ponto de me provocar.

Mas porque eu senti seu pau duro contra mim e tive a mais completa certeza de que, muito em breve, a minha vontade seria feita.

Não pretendia postar o capítulo hoje, mas chegamos a 1k!!! Ehhhhhh
Tô muito feliz, sério! Vamos com tudo ❤️❤️❤️
Até sexta!

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora