Capítulo Treze

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Minutos depois Ebe chegou atrás de mim e soltou um palavrão, segurando meus cabelos para trás.

—Você tá um lixo, amiga. Me conta o que houve, porque me mata te ver assim.

Suspirei e encostei na parede, puxando os joelhos para o peito e abraçando minhas pernas.

—Ontem eu dei passe livre para Jason e a Dona Anna transarem.

Ela suspirou e se sentou na minha frente.

—Você tá gostando dele?

Eu revirei os olhos e a encarei.

—Não, Phoebe. É claro que não! É só que era pra ele ser o cara que tiraria a minha virgindade e não o namorado novo da minha mãe. Isso de certo modo fode com tudo.

—O que você vai fazer então?

—Como assim "o que eu vou fazer"?

Ela suspirou e se remexeu no lugar onde estava, parecendo procurar as palavras certas pra poder dizê-las.

—Você não acha nojento que o mesmo cara que transa com a sua mãe seja o cara que vai transar com você?

Suspirei.

—Esse não é o ponto, Phoebe.

—Então qual é, Amber? Meu Deus, você tem que se decidir. Ou você desiste dessa ideia maluca de ficar com o seu professor, ou faz alguma coisa pra que ele e a sua mãe não fiquem mais juntos.

De repente uma ideia me surgiu e junto a isso, um sorriso cresceu em meu rosto.

—Eu amo você, Phoebe Jackson. Você é um gênio!

Minha amiga piscou um pouco confusa.

—Então você desiste?

—Não, amiga. Na verdade, eu sei exatamente qual é o meu próximo passo.

Então, decidida a fazer com que o relacionamento dos dois tivesse um fim definitivo, eu me levantei e lavei meu rosto na pia do banheiro, guardando os óculos escuros e analisando uma Amber Bennet um pouco doente no espelho.

—Hoje nós vamos ter uma reunião na minha casa depois da aula. A gente tem que botar o plano em ação.

—Que plano, sua maluca?

Me virei para ela e suspirei.

—Um plano que vai colocar Jason Smith na palma da minha mão.

***

Sem mais delongas, exatamente depois da aula, Phoebe e eu fomos para a minha casa. Eu não tinha conseguido me concentrar bem na prova de matemática e sinceramente não estava nem aí. Também não tinha conseguido permanecer na última aula, com Jason Smith e aquela vadia da Cíntia me olhando o tempo todo, então inventei uma desculpa e esperei Phoebe no estacionamento.

Enfim estávamos no meu quarto. Eu sentada na minha cama e Ebe com um cigarro entre os dedos enquanto olhava da janela.

—Não sei como suportou ser vizinha do Noah todos esses anos. —Ela comentou, seca.

—Nós dois nos damos bem, não somos como gato e rato.

—Ele é o rato.

Revirei os olhos.

—E Noah também quase não está em casa. Desde que voltou das férias, nós só nos vimos na vizinhança uma vez, e ele ainda estava saindo.

—Ele deve ter centenas de bebês não assumidos pela cidade. Argh! —Ela lançou o cigarro pela janela e retorceu o nariz —Noah é nojento.

—Para com essa implicância, Ebe. Parece até aquelas garotas que tentam se convencer que é ódio só porque no fundo sabem que é amor.

Eu ri enquanto ela se sentou na beirada da cama e me encarou cética.

—Não brinque com uma coisa dessas. Noah não é o meu tipo.

—Eu só tô brincando. É que vocês passam tanto tempo tentando provar que se odeiam que a coisa acaba ficando engraçada.

—Não achei graça alguma, Amber. Agora vai, conta logo o seu plano diabólico contra o casal apaixonado.

Me levantei, animada com o assunto, e comecei a andar de um lado pro outro.

—É uma coisa meio clichê, mas com toda a certeza vai dar certo.

—E o que é?

—Minha mãe é uma romântica incurável—Revirei os olhos, pois eu era totalmente ao contrário que ela —E se apega nos detalhes. Se eu conseguir mantê-la afastada do professor enquanto outro cara investe nela...

—Espera aí, deixa eu ver se entendi —Ebe se levantou e me olhou com as sobrancelhas arqueadas —Você quer deixar o professor bonitão de escanteio enquanto arruma um jeito sinistro de manter outro cara na jogada?

—Ai, Ebe, não tem nada de sinistro nisso.

—Amber, isso é politicamente errado.

—Eu não tô nem aí, eles não servem para ficarem juntos. Mesmo que eu não interferisse nessa... Relação, os dois não iam dar certo mesmo. —Dei de ombros.

—Tá, supondo que você consiga que isso dê certo, quem você vai convencer a dar em cima da sua mãe e como você vai afastar ela do professor bonitão?

—Eu não preciso convencer ninguém, Ebe. Tem um cara que daria tudo pra ficar com a minha mãe e pela nossa sorte, ele é cirurgião do hospital onde ela trabalha.

—Você tá falando do Jace?

Assenti e sorri, feliz pela minha ideia incrível.

Jace era um cara lindo, rico e tão romântico quanto a mamãe. Havia um tempo em que ambos estavam saindo, mas acabou que o meu pai morreu e ela se sentiu culpada por um tempo e quis terminar. Uma tolice imensa, com certeza, já que ela não tinha nada com o meu pai a não ser carinho.

E ele era um partidão e ainda incrivelmente apaixonado por ela. Já peguei algumas mensagens de texto de algumas semanas em que ele praticamente se declarou pra ela.

E se bem conheço Anna Bennet, ela ainda podia sentir alguma coisa por ele.

—Jace com certeza é apaixonado pela sua mãe. —Ebe falou e depois me encarou —Mas como você vai fazer pra poder afastar ela do Sr. Smith?

—Eu vou tirar algumas fotos do meu professor e mandar pra ela de modo anônimo.

—Que tipo de foto, sua louca?

—Do tipo comprometedora. A minha mãe já foi traída, por isso terminou com o meu pai. Ela nunca aceitaria isso, então vou dar a ela o que ela precisa.

—Ela vai sofrer, Amber. Teria coragem de fazer isso com a sua mãe?

Respirei fundo e voltei a me sentar na cama.

—Você faria a mesma coisa que eu, Ebe. E eu estou fazendo um favor a ela, deixando-a livre para o Jace. Os dois sim se merecem.

—E se, mesmo depois de tudo isso, o professor não quiser nada com você?

—Isso não é uma possibilidade, Ebe, acredite.

Sorri e me lembrei de uma garota linda que um dia precisou de mim para livrar a sua barra.

Estava na hora de ela me devolver o favor.

Olá, leitor. Se estiver gostando da história, Vote no capítulo e deixe um comentário, vai ser maravilhoso pra mim!

Beijos.

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora