Capítulo Trinta e Nove

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Pessoal, algumas pessoas reclamaram do capítulo estar saindo só hoje, depois de uma semana. É que tem tanta coisa acontecendo que eu não dei conta de me organizar. 

O livro também já está quase no fim, então tenham paciência. Boa leitura! 

***

Ele reagiu imediatamente, se colocando de pé. Seu sorriso que eu tanto amava estava ali e, pela primeira vez desde que minha mãe voltou para casa sem me dar as devidas explicações, eu consegui sentir o ar atingindo meus pulmões com facilidade.

—Eu sabia que você ia vir.

Fechei os olhos por um breve momento apreciando o tom rouco e quente de sua voz. Senti medo de nunca mais poder ouvi-lo.

Meu coração vacilou algumas batidas quando Jason fechou a distância entre nós, puxando-me inesperadamente para um abraço forte. Ele enterrou o nariz no meu pescoço e inspirou enquanto eu levava meus braços entorno de seu dorso. Suspirei, satisfeita por estar exatamente onde queria estar no momento.

— O que aconteceu? —Foi tudo o que consegui dizer depois de um tempo na mesma posição.

Jason continuou calado dentro do meu abraço e quando pensei que ele não fosse me responder, ele se afastou.

—Eu imagino que a Anna tenha descoberto, mas ainda não sei como.

Engoli em seco e fui até o outro lado do quarto, esfregando os ombros em nervosismo.

Ele estalou os dedos como se tivesse desvendado um enigma.

—Na verdade, eu sei sim. —sua voz era uma mistura de embriaguez e desespero, ele estava inquieto —Eu devo ter estragado tudo a partir do momento que decidi ir até a sua casa. Os vizinhos devem ter contado, ou os pais do Noah... Ah eu estraguei tudo. Por favor, me perdoe, Amber... Se eu soubesse, se eu...

Sua voz sumiu a medida que ele tentava pedir perdão. Ainda sem coragem de encara-lo, eu fechei os olhos e mordi o lábio.

—Fala alguma coisa, não me deixe pensar que você me odeia.

—Eu contei a ela, Jason. —Falei de uma vez, me virando para encarar seus olhos agora surpresos —Foi eu que contei, foi culpa minha você ter sido forçado a...

Não consegui terminar aquela frase. Não conseguia ao menos formula-la. Era tudo tão exaustivo, tão confuso. E agora corria o risco de ele me odiar também.

—Não estou bravo com você, Amber.

Levantei as sobrancelhas em completa surpresa enquanto observava Jason ir até a cômoda e pegar um dos cigarros que estava em um maço amassado.

—Na verdade, isso facilitou muitas coisas.

— Como isso pode ter facilitado algo, Jason? —Gesticulei com as mãos na frente do corpo, sentindo meu olhos arderem —Eu estraguei tudo, eu te coloquei nessa maluquice e agora... olha só pra você...

Seus olhos estavam desfocados por conta do álcool, mas mesmo assim ele me olhou enquanto puxava o cigarro dos lábios. Jason assoprou a fumaça para longe e balançou a cabeça.

—Foi decisão minha deixar o cargo de professor, Amber. Nada disso é culpa sua.

—Pelo amor de Deus, eu te chupei no primeiro jantar que você foi como namorado da minha mãe! —Passei as costas das mãos no nariz enquanto lutava para me conter e não acabar chorando desesperadamente com toda aquela confusão.

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora