Capitulo Sete

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—Você parece mais animada agora com a escola.

Olhei para a minha mãe e sorri.

—É, Dona Anna. Parece que meus planos mudaram.

Ela arqueou a sobrancelha e sorriu.

—Agora você quer ir pra faculdade?

—Eu disse que meus planos mudaram e não radicalizaram, mãe. Então não espere por isso.

Ela bufou e balançou a cabeça.

—Posso ao menos saber o que te fez ficar tão animada com os estudos?

—Digamos que Jason Smith me ensina de uma forma que eu consigo entender. —Peguei minha mochila e a joguei nos ombros.

—Jason Smith? —Ela me olhou curiosa.

—Meu professor de História. Aquele babaca agora se redimiu. —Lhe dei um beijo e peguei um pedaço do bolo de fubá que ela havia feito na noite anterior —Bom trabalho, mamãe.

Estacionei a minha bicicleta amarela ao lado da vaga do carro luxuoso de Cíntia que estava com seu grupo de amigos. Ajeitei meus cabelos no retrovisor e suspirei.

—Bom dia, Amber. —Cintia sorriu e olhou para os amigos.

—Desculpe, falou comigo? — Prendi o cadeado na bicicleta e a encarei.

—Estava aqui pensando com os meus amigos, porque você de repente pareceu concordar com o professor Smith nas aulas dele.

—Desculpe, Cíntia, mas eu parei de te ouvir quando disse que estava pensando. Não sabia que você podia fazer isso.

Ela revirou os olhos e se apoiou no capô do seu carro.

—Eu tô de olho em você, Amber.

—E quando é que você não tá, né?

Lhe lancei um beijo e corri para a entrada, onde Phoebe conversava com Noah que se virou assim que me viu.

—Agora vocês se falam?

—E você fala com a Cíntia? —Phoebe acusou.

—Ela não sai do meu pé. —Revirei os olhos— Mas já aprendi a lidar com  isso. Agora me digam, vocês finalmente estão se entendendo?

—Nem morta. —Ebe bufou —Ele que não para de me encher.

—Eu gosto de falar, Ebe querida.

—Que nojento. —Phoebe lhe socou no ombro.

—Porque? Você é querida pra mim. —Noah brincou.

—Parem de implicar um com o outro e vamos pra aula.

Os dois se entreolharam e depois me encararam, a sobrancelha erguida e os lábios franzidos.

—O que foi? —Perguntei, cruzando os braços sobre o peito.

—Porque você quer ir pra aula agora? Ainda temos dez minutos.

Suspirei e dei de ombros.

—A gente não tem que ir? Então vamos logo. —Murmurei, passando por eles e seguindo para nossa turma.

***

Hoje a aula de Jason Smith estava sendo interessante. Ele queria que cada um encontrasse um assunto no livro que despertasse o interesse e então, desenvolve-lo. Mas como eu, Amber Bennet, não era nerd e nada perto disso, estava de pé segurando meu livro enquanto ouvia atentamente as indicações do meu professor, enquanto cada aluno já havia, aparentemente, encontrado seus assuntos.

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora