Capítulo Quarenta e Três

4.3K 337 26
                                    

**Jason**


—E você, Amber? —Perguntei, mesmo sabendo que ainda não era a hora de ela me dizer realmente oque estava sentindo.

Amber era tão doce quanto o mel mais puro que pudesse existir no universo inteiro e, mesmo sabendo que eu não merecia aquilo, ela era minha. Só minha. E eu nunca estive mais feliz.

—O que tem eu, Jason? —Sua voz era divertida. Ela sabia o que eu queria ouvir.

—Você me ama, Amber Bennet?

Ela se calou por alguns segundos e, antes de voltar a falar, deixou um pequeno riso escapar do fundo da garganta.

—A minha mãe acabou de chegar, Jason. Tenho que desligar. Beijo.

Não contive um riso e, depois de suspirar, a deixei ir.

—Boa noite, sua danadinha.

Quando ela desligou, eu deixei o celular no chão, ao lado do meu corpo. Estava coberto com suor pós treino, depois de fazer cento e trinta flexões, antes dela me ligar. Me levantei do chão e fui até o banheiro, pegando uma toalha no caminho e deixando-a sobre a pia antes de me livrar da única peça de roupa que eu usava.Tomei uma ducha demorada, a imaginando no banho, comigo. Era a única coisa que eu queria no momento e graças ao homem fodido que eu era, não podia tê-la, por enquanto. Eu já estava duro quando me lembrei do motivo daquela ligação e, levemente estressado, soquei a parede de azulejos. Júlia havia sumido por tempo o suficiente que me fizesse acreditar que fosse para sempre. Mas agora, depois que eu consegui finalmente acreditar que nada no mundo fosse capaz de destruir o que eu e Amber tínhamos, a víbora arrumou uma forma de reaparecer.

Quando decidi sair da minha cidade natal em busca de uma felicidade que nunca tinha conseguido encontrar, não imaginava que me depararia com uma garota tão enigmática quanto Amber Bennet era. Exatamente no dia em que a conheci senti que ela pudesse finalmente ser o anjo que me tiraria daquele inferno pessoal, apesar de que de anjo ela só tinha o rosto. Eu estava tão louco e sempre pensando em com seria tê-la só pra mim quando eu quisesse, que acabei aceitando a proposta maluca de sexo casual que como se pode definir, acabou sendo a minha perdição eterna.

Eu não suportava mais a ideia de tê-la longe, nunca iria deixa-la. Eu a protegeria de tudo, de todos. Eu faria o que ela quisesse, daria tudo o que desejasse. Eu beijaria seus pés se precisasse, morreria por ela. Mataria por ela.

Eu a amava, sem restrições, apenas amava e isso era tudo pra mim. Ela era tudo pra mim e saber que Júlia estava na cidade e que, além disso, também andava ameaçando a minha garota me deixou um pouco mais do que irritado. Se Júlia não sabia ainda seu lugar, eu teria o prazer e apresenta-lo a ela.


**Amber**

Respirei fundo de frente ao espelho, ajeitando a mochila nas minhas costas. Eu sabia que não veria Jason na escola hoje, de novo, mas só em imaginar que a minha mãe estaria de plantão novamente e assim eu poderia vê-lo, me fez sentir reconfortada.

Ouvi Noah buzinar incessantemente ao lado de fora. Já foi difícil convencer a dona Anna a me deixar ir pra escola com os meus amigos, se aquele imbecil continuasse a buzinar ela poderia desistir, então apenas agarrei meu celular e corri degraus abaixo. Minha mãe estava sentada de frente a bacada enquanto segurava sua xícara velha de café. 

—Já vou indo. —Avisei.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos antes de levantar os olhos em minha direção.

—Direto para a escola e depois direto para casa, Amber. Vou saber se desviar o caminho.

Contive a vontade de revirar os olhos e bufei.

—Eu estou me sentindo como uma prisioneira.

—De certa forma você está sendo. —A encarei, cética.

 Como uma pessoa, de completamente inofensiva, poderia ter se transformado em uma verdadeira bruxa? Meu Deus! Era como se todo o coração da minha mãe agora estivesse obscuro. Duvidava muito que ela fosse mudar de ideia tão cedo e, mesmo que eu estivesse completamente tentada a discutir outra vez, acabei respirando fundo e indo me encontrar com Noah.

Ebe estava do lado de fora do carro, recostada contra a porta. Ela tirou as mãos dos bolsos apertados e estendeu os braços para me abraçar.

—Como você tá, minha princesa? —Perguntou, depois que nos afastamos.

—Eu vou sobreviver. —suspirei.

—Sinto falta de ir ao Pettys. Nós três juntos. —Noah gritou, do carro.

—Ela não pode ficar brava para sempre. —Ebe resmungou.

Balancei a cabeça apesar de saber que não deveria subestimar a minha mãe. Não sendo ela uma pessoa que tinha esse seu lado completamente desconhecido por mim.

Entrei no carro e suspirei depois de ver Ebe prendendo seu cinto ao corpo e Noah dar partida no carro.

—Gabriel bateu na minha porta ontem.

Noah freiou o carro subitamente e ambos olharam para mim.

—Gabriel seu ex?

—Exatamente.

—Quando ele voltou? Porque? 

—O que aquele cuzão queria?

Balancei a cabeça enquanto dava de ombros.

—Deve ser algum tipo de praga, eu não sei. Depois que ele foi embora, aquela ex noiva maluca do Jason apareceu e me ameaçou.

—Ela o que? —Noah levantou as sobrancelhas enquanto Phoebe batia com as mãos no colo.

—Eu vou acabar com aquela vagabunda!

—Relaxa. Eu não me deixei intimidar. —Suspirei e esfreguei as têmporas —Vamos esquecer toda essa merda por enquanto e ir para a escola, senão a dona Anna pode achar que estamos planejando uma fuga.

Gostando da História? Deixe o seu voto aqui! Beijosssss


Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora