Capítulo Dezessete

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Jason dirigia pela cidade enquanto eu encarava pelo vidro. Era difícil não pensar em como fui burra de não ter enxergado tudo aquilo na minha frente. Suspirei, tentando ignorar o fato de que eu estava frustrada. Tudo o que poderia me fazer esquecer a noite de merda que eu tive, estava ali naquele carro.

—Eu esperava um pouco mais de Amber Bennet hoje. —Jason comentou.

Pisquei algumas vezes saindo do devaneio e o encarei.

—Oque?

Ele sorriu e olhou no retrovisor, depois trocou a marcha. Um movimento simples e completamente sexy. Jason conseguia ser sexy em tudo o que fazia, era impressionante.

—Na sala de aula você estava empolgada, saltitante... Agora você parece triste.

Suspirei e balancei a cabeça.

—Me desculpe, eu só não tive uma noite muito boa. —Sorri e encarei seu rosto angelical, contendo a vontade de toca-lo —Mas não quer dizer que a noite possa continuar uma grande merda.

Ele balançou a cabeça e virou em uma rua.

—Pensei que você viria cheia de perguntas. Tipo, porque eu vim até você ou se eu tomei alguma decisão... Não esperava te encontrar tão calada assim.

Sorri outra vez e cruzei as pernas sobre o banco, atraindo rapidamente sua atenção.

—Então quer dizer que você sente falta de quando eu falo muito?

—Não quer dizer nada, Amber. Apenas que nós vamos conversar.

Por fim, Jason parou o carro enquanto o portão da garagem abria e depois acelerou, estacionando perfeitamente ao lado da piscina.

—Você tem uma piscina?

—E porque eu não teria?

—Eu não sei. Você não tem cara de que gosta de curtir um sol nos domingos a tarde.

—Você não me conhece, Amber. Não ainda.—Ele me olhou e sorriu de canto, antes de sair.

Desci do carro e bati a porta atrás de mim, seguindo Jason a caminho de uma escada que dava para a frente da casa.

Era uma bela casa, grande e bem arquitetada. Certamente ele não tinha construído aquilo com o salário de professor.

Depois de entrar, a primeira coisa que reparei era que não tinha muitos retratos. Apenas uma foto na estante onde dois homens estavam de costas segurando varas de pescar e com roupas de escoteiros. Um parecia jovem e o outro já tinha seus cabelos grisalhos. Depois reparei no carpete dourado e nas cores das paredes que casavam perfeitamente com todo o restante da decoração.

Jason continuou seu caminho até entrar na cozinha. A primeira coisa que me veio foi uma imagem minha apenas de camiseta cozinhando naquela cozinha imensa enquanto escutava algo interessante no meu iPod.

—A sua casa é incrível! —Falei, depois de analisar cada canto que consegui.

—Obrigada, Bennet.

Balancei a cabeça e cruzei as mãos na frente da cintura, enquanto esperava o que ele faria.

Jason serviu dois copos com alguma bebida amarelada.

—Pelo seu cheiro, suponho que você goste de Jack Daniels.

Balancei a cabeça e aceitei o copo que ele me entregou, bebericando.

Suspirei, andando ao redor e olhando a bancada imensa de mármore incrivelmente brilhante a minha frente.

—Gostou mesmo da cozinha.

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora