Capítulo Vinte e Dois

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—Você o que!? —Noah gritou.

—Shh, fala baixo. —Me inclinei sobre a mesa com os olhos estreitos —Não estamos longe da escola. Se esse assunto sai daqui, já era.

Noah passou as mãos pelos cabelos e balançou a cabeça.

—Você é maluca ou pior! O professor perdeu a noção!

—Ai, Noah, não é assim também. —Resmunguei.

—Eu realmente cheguei a duvidar que você fosse fazer isso quando me contou que tentaria. —Ebe disse, dando uma colherada em seu sorvete.

—Você já sabia? —Noah se virou pra ela.

—Sabia —Deu de ombros —Somos mulheres, Noah. Sabemos lidar melhor com esse tipo de informação.

Noah respirou fundo, colocando a cabeça entre as mãos.

—Eu não quero estar aqui quando isso dar merda.

—Ai que horror, Noah. Para de jogar praga! —Resmunguei.

—Eu sinceramente não ficaria surpreso com mais nada que você fizesse sua louca.

Revirei os olhos e sorri.

—Mas é tão bom. Ele é tão bom... Hoje vou ir pra casa dele de novo.

—Mas amanhã nós temos aula. —Ebe falou.

—Se minha mãe te ligar, diga que estou com você.

Ela assentiu enquanto Noah encarava a mesa de madeira escura parecendo estar em um pensamento profundo.

—Melhora essa cara, Noah. Você não pode realmente ter ficado chateado, não é?

Ele por fim me olhou e deu de ombros.

—Tenho o direito de me preocupar com você, Amber. E de ser sincero também.

—Tudo bem.

—E é por isso que eu acho que tem que acabar com isso. Você já conseguiu o que queria, já teve ele dentro de você.

—Que forma insana de falar. —Phoebe sorriu.

—Agora acho que você precisa se afastar antes de crescer algum sentimento nesse seu coração de gelo.

Revirei os olhos outra vez.

—Não se preocupe comigo, Noah. Eu não vou me apaixonar pelo Jason ou ele por mim. Isso é apenas sexo.

Ele arqueou uma sobrancelha e por fim assentiu, mesmo ainda deixando aparente o seu desconforto em relação a isso.

***

Tive sorte que minha mãe saiu para outro de seus plantões minutos antes de eu chamar o uber, assim pouparia eu ter que inventar desculpas.

Eu usei meu conjunto preto de langerie nova, que tinha uma meia liga presa a calcinha. Calcei minhas botas baixas e soltei os cabelos ao redor do rosto.

Comprei alguns ingredientes para lasanha com queijo e enviei um SMS para Jason quando cheguei na esquina de sua casa. Ele abriu o portão para mim e eu entrei. Fiz o mesmo caminho nos degraus que levavam a frente da casa e sorri quando o vi parado na porta, me esperando.

Ele usava um jeans claro e estava sem camisa, além de descalço. Mordi o lábio, analisando aquela obra de arte esculpida a mão. Seus cabelos estavam levemente desgrenhados o que, automaticamemte o tornava ainda mais sexy.

—Oi. —Ele disse, a voz baixa e rouca.

—Oi. —Sorri, me encaixando em seus braços que a pouco foram estendidos pra mim.

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora