Capítulo Trinta e Seis

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—Você vai ficar? —Sua voz era ofegante e preocupada.

Ponderei por um instante.

—Eu não sei. —Me sentei na cama, sentindo a cama se afundar por um momento quando Jason se levantou e parou na minha frente.

Ele ainda estava meio duro.

—A mulher que viu comigo no domingo...

—Não, eu não quero saber. —Pedi, me levantando rapidamente e indo para o banheiro.

—Ela se chama Júlia. Eu não a via por pelo menos três anos. —Ele falou, ignorando meu pedido.

Tranquei a porta e me sentei na privada.

—Ela apareceu aqui de surpresa, eu não sabia. Aquela hora que você chegou eu estava em meio a uma discussão muito séria, queria que ela fosse embora. Eu não pretendia mostrar a ela que estava com você, porque a Júlia poderia fazer algo em relação a isso.

—Como contar pra todo mundo? —Perguntei, surpresa pelo que tinha acabado de contar.

—Sim, como contar pra todo mundo. —Ele respirou fundo —Eu não queria te prejudicar.

Suspirei e me levantei, abrindo a porta. Jason estava de frente, parado com a mão apoiada na parede. Seu rosto dava a impressão de que ele estava sentindo dor, seus olhos distantes.

—O mais prejudicado disso seria você.

—Eu não sei se você percebeu, Amber, mas ontem eu estava falando sério.

Minhas sobrancelhas se levantaram um centímetro, em surpresa por ele ainda estar me chamando pelo primeiro nome. Mas eu não sabia exatamente do que é que ele estava falando.

—Não ficamos muito tempo, mas o pouco me mostrou a verdade.

—Que verdade, Jason? —Passei a mão nos cabelos, confusa.

—Não posso ficar sem você. Eu sei que parece tolice, eu sou adulto e... —Ele se perdeu um momento em meio as palavras e depois me encarou —Mas é isso. Não tô nem aí para os riscos, eu quero você.

Senti meu coração contrair dentro do peito e levei os dedos até seu rosto, tocando suavemente. Jason fechou os olhos e inspirou. Me inclinei e deixei um beijo suave em seus lábios antes de dar a volta por ele e pegar as minhas roupas do chão.

—Onde você vai?

Não respondi, apenas vesti minha calça e depois calcei o tênis.

—Eu não estou entendendo, Amber. Qual é a sua última palavra?

Juntei os cabelos no alto da cabeça e fiz um nó apertado. Quando Jason se aproximou, levei uma mão na frente do corpo.

—Preciso de um minuto. —Eu disse.

Seus olhos se arregalaram levemente e ele recuou, incrédulo.

—Você realmente vai fazer isso, porra? —Gritou.

Fechei os olhos por um momento e olhei ao redor do quarto para conferir se algo estava faltando.

—Eu não tô acreditando. —Ele passou as mãos pelo rosto, exasperado—Então vai ser assim? Depois de tudo o que eu te falei?

—Não importa o que você ou eu possamos sentir... Ninguém aceitaria isso.

Ele sorriu, desesperado.

—Eu não me importo.

—Mas eu me importo. —Esfreguei o rosto em completa descrença. Nem eu estava acreditando no que fazia —Você é a droga do meu professor e como se pudesse ficar pior, ainda é o ex-namorado da minha mãe.

Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora