[01.2] HAIL HYDRA

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Blair lembrava apenas de flashes, cenas do orfanato se distanciando no meio da noite, um carro escuro em alta velocidade, luzes claras distantes. E então, uma pressão contra o seu peito a atinge fortemente. Ela acorda e dessa vez definitivamente, abrindo seus olhos e vendo por uma janela oval o chão ficar mais longe.

Estava em um avião. Um pequeno jato particular que poderia voar sem ser notado por conta do seu tamanho.

Assim que ela retoma totalmente a consciência, a garota tenta se levantar da cadeira onde estava, mas se depara com sua mão esquerda algemada na poltrona. O homem ao seu lado, o mesmo do orfanato, ri ao ver.

— Onde você pensa que vai, garota? — O homem começa a falar — Está a mil metros do chão, só vai sair daqui quando chegarmos em Sokovia.

Blair não sabia o que fazer, mas sentia novamente estar perdendo o controle. Então, ela tenta se concentrar, controlar o que saía dela na algema em seu pulso. Estranhamente, o objeto começa a tremer incessantemente, mas não queria abrir.

— Você ainda é inútil... — O homen volta a falar tirando uma seringa da bolsa — Para conseguir abrir essa algema precisa saber como seu mecanismo funciona. — Blair tenta se afastar da agulha, mas tinha seus movimentos limitado e logo ela penetra seu corpo, sentindo seus olhos se fechando novamente — Mas não se preocupe, logo você vai ser nossa principal ferramenta.

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Flashes, luzes brilhantes, pessoas desconhecidas. Seringas penetrando seu corpo, entrando em grandes máquinas médicas, pessoas com máscaras.

Blair acorda com seu corpo inteiro doendo, o que sentia ser dias depois da memória no avião. Recordava-se apenas de pequenas cenas.

Ela estava numa sala cinza, com uma cama e um pequeno banheiro: vaso, pia e espelho. Blair caminha até o espelho, vendo seu pescoço com marcas das agulhas, assim como seu braço. Devia estar dopada fazia dias com a quantidade de marcas, sentia ter dormido por anos.

Ela observa sua mão, com medo e curiosidade. Por muito tempo foi refém de suas habilidades, tentando de tudo para não deixa-las sair, agora poderia usá-las para obter liberdade.

Estava com medo, e normalmente era quando sentia uma forte emoção que as coisas aconteciam.

Dentro de sua mente ela começa a concentrar seu medo, como se fosse uma bolinha de emoções, a imagina sendo levada para a sua mão e a estende em direção de sua cama. No início nada acontecia, e ela fica angustiada com isso, precisava de algum modo de usar isso para sair da cela. Então, a cama começa a tremer e um sorriso escapa de seu rosto. A cama tremia incessantemente e o corpo de Blair começa a ficar cansado, nos últimos fios de força a estrutura metálica move um pouco.

A garota ri, e depois se joga na cama. Estava exausta, seu corpo inteiro doía e sua cabeça latejava. Ela se encolhe na cama, cobrindo todo o seu corpo com o cobertor. Sentia muito medo, mas logo o cansaço domina e ela volta a dormir.

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A porta se abre, Blair acorda assustada e logo estende sua mão, era sua chance de canalizar suas habilidades. Como se fosse instinto, ela estende sua mão e pensa exatamente o que desejava fazer. Logo em seguida o homem que adentrava pela porta e empurrado fortemente para trás, batendo a cabeça na parede.

Blair se levanta da cama rapidamente e passa pela porta, vendo um longo corredor. Não tinha tempo para pensar em qual direção ir, então apenas vira para a direita e continua a correr.

Ela vira novamente no corredor e nesse momento se depara com vários soldados, vestindo o mesmo uniforme com o símbolo da caveira no ombro. Blair estende sua mão, preparada para a luta, quando um homem usando um monóculo sai de trás dos homens armados com metralhadoras.

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