Heróis Rebeldes┇Marvel C. Universe

[01.5] OS VINGADORES

Blair sorri e começa a rir.

— Você precisa me tirar daqui, Pietro — Ela fala esperando que ele começasse a agir — Podemos nós três nos juntar a eles e acabar com tudo isso!

— Não, Blair. Eu e Wanda vamos lutar contra eles.

O rosto da garota muda.

— Blair, se você conseguir sair você precisa saber...

— Se eu conseguir? Você não vai me ajudar? — Ela interrompe Pietro em desespero.

— Apenas cala a boca! Eu nem deveria estar aqui, Blair. — Ele fala olhando ao redor, estava com medo — Tem um chip no seu pescoço, como você já deve saber, e uma das funções dele é para caso você saía daqui a tecnologia da Hydra, no caso você e seus poderes, seja explodida. — Pietro observa que ela estava com medo — Você vai conseguir, Blair. Confio que vai sair daqui ainda hoje.

Ele vira-se para ir embora.

— Apenas não morra pela Hydra, Pietro.

Ele sorri e acena em despedida, saindo do corredor num raio de luz azul.

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Blair olhava ao redor, a instalação inteira tremia, estavam realmente sendo atacados e ela estava presa numa cela de vidro feita para a manter lá. A função de diminuir seus poderes não funcionava mais, ela tinha toda a sua força de volta, mas o vidro era impossível de ser destruído. Ela jogava sua cama, o único objeto de metal dentro de sua cela, com força nas paredes e nenhum arranhão surgia na superfície.

Estava presa, os Vingadores iriam embora e a deixariam para morrer naquela maldita cela.

Então, pela primeira vez há muito tempo, havia movimento no corredor. Ela corre para a pequena janela da porta e vê um soldado passando por ela.

— Ei! Ei! Você precisa me ajudar! — Blair grita pela atenção do homem, finalmente fazendo-o virar-se para trás e a observar — Você precisa abrir essa porta.

E nessas palavras ela sentia algo aconteceu, saindo de dentro dela e indo até aquele homem. O soldado muda totalmente de feição, perdendo toda a sua expressão no olhar. Ele pega roboticamente seu cartão no bolso e se aproxima da porta, abrindo-a como mandou.

Blair sorri, estava se redescobrindo novamente.

— Agora me dê o seu cartão e entre na cela — Ela fala e sorri ao ver fazendo o que havia ordenado. — Adeus, seu merda.

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Estava finalmente livre e com total controle dos seus poderes, Blair andava por aqueles corredores sem medo de ser encontrada, queria mesmo que isso acontecesse para finalmente se vingar de tudo que haviam feito.

Todavia, nunca viu aqueles corredores tão vazios. As paredes tremiam e ouvia gritos a distância, estavam por fim perdendo. Blair se preocupava com Wanda e Pietro, mas eles escolheram seu lado e não podia fazer nada agora.

Ela abre uma porta, trazendo a luz do dia a tona depois de muito tempo, seus olhos queimam por alguns instantes por causa da mudança súbita de claridade, e logo se acostumam. Blair não podia estar mais feliz em sentir o calor do sol, o frio da brisa de inverno. Suas vestimentas brancas eram finas, mas ela não se incomoda com o frio, estava feliz em o sentir novamente.

Estava cansada em viver em um ambiente controlado, queria sentir as variáveis do mundo real.

Blair ouve a voz de Strucker, poderia a reconhecer em qualquer lugar, e a segue procurando por ele. Não poderia ser vista, não queria ser dopada no momento mais decisivo de sua vida, mas queria sua vingança.

Ela consegue o ver, junto com um homem loiro de uniforme azul e vermelho. O homem uniformizado joga um escudo das mesmas cores na direção de Strucker, que é atingido e cai no chão.

— Ele está morto? — Blair fala entrando no ambiente e observa o homem loiro, o reconhecendo dos vários documentários da televisão — Você é o Capitão América!

— Quantos anos você tem, criança? — Ele fala a observando confuso.

— Não sei, acho que quase catorze, ou ainda treze...ou mais do que isso...perdi a conta faz um tempo.

— O que você está fazendo aqui? Você não é daqui.

— Ah, meu sotaque. Eu sou francesa. — Ela falava com um sorriso no rosto, se aproximando do Capitão América e olhando cada detalhe dele, queria ter a certeza que era real — Strucker me sequestrou do meu orfanato há um bom tempo....

— Você é um aprimorado.

— Aprimorada? Bom, acho que sim. Faço umas coisas nem um pouco comuns. — Blair olha para suas mãos e ergue o monóculo de Strucker no ar, o quebrando em pedaços na frente do seu mais novo amigo.

O Capitão América fica surpreso com a habilidade da criança e sorri, tentando soar o mais amigável possível.

— Qual é o seu nome, garota?

— Blair.

— Podemos te ajudar, Blair. — Ele começa a falar e ajoelha na frente dela — O que eles devem ter falado sobre nós é tudo mentira. Somos amigos.

— Eu sei. Sempre sonhei que você viria me salvar. — Então ela se lembra do seu problema — Mas eu não posso sair daqui. Strucker colocou um chip em meu pescoço, vai explodir se eu sair.

Ele muda de fisionomia, pensando em que poderia fazer, então retira uma pequena adaga do seu cinto.

— Vai doer, Blair.

— Tudo bem, Capitão. Já imaginava.

— Pode me chamar de Steve, querida.

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O chip finalmente sai do seu corpo e ela o esmaga com o pé, a mão de Steve estava cheia de sangue e ele fazia uma atadura improvisada em seu pescoço.

— Hora de ir — Steve vira-se para a grande janela e começa a falar sozinho, provavelmente havia um microfone junto a sua armadura — Thor, preciso de sua ajuda aqui. Temos companhia.

— Thor? É sério isso? — Blair pergunta sorrindo para Steve — Nossa, meu dia só fica melhor.

Em questão se segundos um homem de longos cabelos loiros com uma armadura de metal e uma capa vermelha aparece, segurando um martelo na frente.

— Quem eu preciso bater? — Ele pergunta para Steve, pronto para uma batalha. Então nota a presença de Blair e fica confuso.

— Leve-a para a nave, ela precisa de ajuda.

Thor concorda com a cabeça e se aproxima dela.

— Qual é o seu nome, pequena pessoa?

— Blair.

Ele a pega no colo como se não pesasse nada, Blair não conseguia parar de sorrir.

— Segure firme.

E com essas palavras Thor começa a girar seu martelo, fazendo-o sair do chão e voar para fora daquele lugar. Blair finalmente consegue ver onde estava sendo presa, um grande castelo no meio de montanhas de neve. Ela ria e se divertia com o vento em seus cabelos enquanto via sua prisão se afastando.

Estava finalmente livre.