Blair estava com uma ideia em sua mente nos últimos dias.
Ela queria forçar uma visão.
Blair havia previsto a morte de Pietro quando os dois ainda estavam nas celas do Strucker, nem imaginado que iriam lutar ao lado dos Vingadores. Ainda tinha a visão de que algum momento iria se vingar dos cientistas da Hydra ao lado de uma mulher loira.
Entretanto, queria mais. Desejava ter o controle de suas visões.
Blair senta no telhado do prédio residencial, que possuía um pequeno jardim, e fecha seus olhos. Havia pesquisado sobre meditação no dia anterior, pensando em métodos para provocar uma visão. Sempre que ocorreu estava dormindo, talvez precise estar calma para acontecer.
Ela respirava lentamente e focava no movimento do seu corpo durante o processo, seu peito enchendo de ar completamente e se esvaziando. Repetia esse processo varias vezes, tentando achar um momento em que seu cérebro apenas desligasse, exatamente como os sites haviam prometido, mas falhando varias vezes.
Blair respira fundo, tentando encontrar a suposta paz interior, quando ouve tiros vindo do gramado ao lado.
Assustada, a garota se levanta e corre para o parapeito, procurando a fonte do barulho. Logo ela vê Sam Wilson usando seu traje de combate e lutando com o que parecia ser o nada, e perdendo para o nada.
Blair cria um campo de força aos seus pés, observando Sam voando descontroladamente após ser jogado para fora do armazém pelo seu inimigo invisível. Ele caí no chão gritando xingamentos contra seu suposto adversário, o qual a garota não via.
— Que merda você está fazendo, Sam? — Ela pergunta sem entender a situação.
— O maldito entrou na minha armadura e deve ter mexido nos componentes! — O Falcão estava nervoso e retira seu óculos.
— Quem?
— Homem-formiga!
— Homem-formiga? — Blair estava rindo por dentro e deixa escapar algumas de sua boca.
— Para de rir, Blair! É serio isso! Ele entrou no armazém, mas acho que o impedi de pegar algo.
— Você o impediu? Eu acho que a formiga venceu esta luta, Wilson.
— Pode rir a vontade! — Sam parecia querer explodir, mas respira fundo — É muito importante que Steve não saiba disso, certo?
— Ele não pode saber que uma formiga venceu você, é isso?
— Blair! Estou falando sério!
— Eu sou um túmulo
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Natasha tentava a ensinar como lutar sem os seus poderes, o que Blair achava inútil, uma vez que os tinha por que não os usar? Entretanto, continuava a treinar com ela sempre que possível, e gostava de ver que a Nat se tornava uma adversária cada vez menos impossível de combater.
Blair se alongava no centro da sala onde treinavam, esperando sua parceira aparecer. Ela mantia seus olhos fechados, ouvindo a banda que Jonathan havia indicado na noite anterior para matar o tempo.
A música era mais uma banda de rock em que ele era viciado, e Natasha odiava as ouvir enquanto lutavam. Então, quando a mesma para subitamente, Blair já sabia que a amiga havia chego. Ela abre os olhos, esperando a ver, e se depara em um cenário diferente.
Não estava mais na sala de treinamento cinza, e sim em uma ponte colorida que dava para ver um mundo novo ao seu redor. A ponte estava por cima do que parecia ser um grande oceano, de um lado da ponte várias pessoas com medo, e do outro lado da ponte uma mulher com vestimentas nunca vistas.
A mulher vestia o que parecia ser uma espécie de armadura preta com uma coroa de chifres, seus olhos eram incrivelmente escuros e ela ria ao ver Blair.
— Pobre garota...nunca vi uma pessoa tão perdida — Ela fala se aproximando e retirando uma lança de sua armadura. — Quem sabe em outra situação eu não poderia te ajudar a se encontrar.
— Quem é você?
— Quem sou eu? Quem é você, querida. Eu sei quem é você, e por isso tenho que te matar.
A mulher joga a lança, rapidamente Blair desvia se jogando no chão e, ao levantar a cabeça, vê sua adversária correndo e já retirando outra lança. A garota vê uma espada no chão e a arremessa na direção de sua inimiga, dando tempo para se levantar e criar um campo de força contra a mulher misteriosa, a lançando para longe.
— Eu sei que você não vai me matar, eu tenho a resposta de todas as suas perguntas.
— Eu nem sei do que você ta falando.
— Quem são seus pais, Blair?
Nesse momento Blair a puxa em sua direção, sem se importar quem segundos atrás ela estava tentando a matar. Ter aquela resposta era mais importante, a dúvida que sempre esteve presente e a matando lentamente por dentro. Por que seus pais a deixaram? Quem eram eles? Eles sabiam o que Blair era?
Entretanto, assim que a mulher se aproxima o suficiente o sorriso surge em seu rosto e uma adaga em sua mão, que crava dentro seu peito. Blair demora para realmente sentir aquilo, mas quando vê o sangue escorrendo toda a dor a atinge de uma só vez. Ela caí de joelhos na ponte colorida, até parecia ser um grande arco-íris.
— Não posso te deixar viva, Blair, é melhor morrer ignorante.
Quando ela levanta a cabeça para ver a mulher pela ultima vez ela não encontra o esperado, e estava novamente no centro de treinamento. Não tinha nenhuma faca em seu peito e nenhuma ponte do arco-íris. Steve estava a algemando, gritando por seu nome enquanto outras pessoas corriam ao lado dos dois.
— Blair! O que está acontecendo?! — Steve gritava e ela acompanha com seu olhar as pessoas, vendo para onde iam.
As pessoas param ao lado de Natasha, jogada do outro lado da sala desacordada e com seu rosto ensaguentado. Um desespero cresce dentro do seu peito, lágrimas escorriam do seu rosto e Blair não consegue mais controlar sua respiração.
— E-eu, eu não entendo — Ela tenta articular mas sua mente era um turbilhão — Não...eu não tava aqui.
Steve já sabia o que deveria fazer nesses momentos de descontrole, Tony havia avisado que um momento isso poderia acontecer. Nunca gostou de pensar nisso, mas não poderia deixar a situação piorar. Ele retira a seringa do seu cinto, sempre a deixou lá de acordo com as instruções de Stark, mas nunca pensou em a usar.
— Eu sinto muito, Blair — Ele fala inserindo a seringa no pescoço da garota.
— Não, eu não fiz por querer...não era ela...Steve...por favor.
— Eu sei, Blair...não se preocupe.
A visão de Blair vai falhando, e ela sente a mesma coisa que sentia quando Strucker a dopava. Não tinha controle do seu corpo, muito menos dos seus poderes, seu corpo tava mole, mas junto via um cansaço enorme. Ela observa Nat sendo socorrida, com seu rosto cheio de sangue, segundos antes de desmaiar.
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Heróis Rebeldes┇Marvel C. Universe
FanfictionNo interior da França em uma noite de inverno uma criança é deixada na porta de um orfanato. E quanto mais cresce mais era percebível que a garota não era ordinária. Já era extremamente ruim não ter a quem recorrer quando as coisas dessem errado, Bl...