Capítulo Vinte e Quatro

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Corri através do quarto, usando o meu peso e impulso para bater com a porta, freneticamente agarrando minha toalha para evitar que ela caísse.

— Hey! — Disse Luna.

— Sinto muito. — Torci a toalha em seu lugar. — Não estou vestida ainda e... vou descer em um minuto. Está bem?

Silêncio, então — Certo. — Ele se afastou, murmurando — Doida.

Eu me virei. — O que você está fazendo? — O espaço estava vazio. — Ayden? — Sussurrei, olhando ao redor do meu quarto.

Eu me ajoelhei para olhar debaixo da cama. Nada. Comecei a ficar de pé e gritei quando ele colocou a mão no meu cotovelo. Empurrei-o, agarrando a toalha quando ela ameaçou se libertar novamente, enquanto eu me levantava e recuava.

— Onde você estava?

— No armário.

— Quem te deixou entrar?

— Eu mesmo — Ele se deixou cair descuidadamente na cama novamente.

— Ninguém sabe que você está aqui?

— Você sabe.

— Minha família?

Ele deu de ombros. — Isso meio que destruiria o propósito de me esgueirar em seu quarto, se eu fosse pego no processo.

— Saia daqui. Se meus pais...

— Você queria conversar. — Ele abriu os braços. — Aqui estou.

Em toda a sua glória. Oh, cale-se, Aurora.

— Não assim. Vocês, caras, não podem simplesmente aparecerem quando quiserem.

Ele olhou ao redor da sala. — Caras? Quem mais você está escondendo aqui?

Ops!

— Ninguém! Saia daqui! Meus pais ficarão loucos se encontrá-lo.

Ele sorriu, me desarmando. — Tudo bem. Me apresentarei.

Com elegância descontraída, ele saiu da cama e se dirigiu para a porta.

— Não! — Eu agarrei seu braço e dei um passo entre ele e a saída. — Por favor — eu disse, irritada com o meu desespero.

Ficamos parados, olhando para a minha mão segurando sua manga do paletó. Nossos corpos estavam próximos. Eu devia retroceder, mas seus olhos me seguraram com uma intensa atração magnética que eu não queria lutar.

Esfreguei meu polegar sobre o couro macio, tocando entalhes e duras bordas que marcavam a superfície. Inalei seu aroma delicioso. Seus olhos penetrantes nunca deixaram os meus enquanto sua mão serpenteou dolorosamente lenta no meu braço nu, deixando arrepios ao longo dele. Seus dedos tocaram a minha clavícula. O toque suave no meu ombro continuou a deslizar pelas minhas costas, o calor se espalhando em seu rastro. Ondas lentas de emoção prazerosa serpenteavam através de mim a cada respiração trêmula, meus lábios se separaram. Eu tremi, mesmo quando a temperatura do meu corpo aumentou.

Minha mão se moveu para o seu peito, e senti o sólido ritmo do seu coração. Meus dedos abertos deslizaram por seu pescoço, planejando sentir a textura do seu cabelo e persuadindo seus lábios nos meus. Uma parte de mim me alertou contra a indulgência, mas Ayden era como um chocolate decadente e de repente eu tinha uma séria fixação por doce.

Mesmo quando o marrom escuro de seus olhos começou a brilhar, tornando-se uma espiral de caramelo e chocolate quente, mudando para aquele jeito assustador que normalmente atraia desastres iminentes e que deveria me fazer correr, eu estava algemada em seu olhar. Úmida do banho, minha pele estava quente, secando com o ar aquecido em torno de nós, e uma crepitante brisa ondulou meu cabelo.

#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles) Onde histórias criam vida. Descubra agora