Depois de me deixar em casa, Ayden, o idiota, me dedurou para papai sobre ser eletrocutada por lâmpadas explodidas na rua.
Em modo doutor, papai me apressou para dentro, garantindo que Helsing havia retornado em segurança, pegando sua mala preta, ultrapassada e volumosa, para fazer um exame completo.
— Você parece bem — papai disse, alcançando meus olhos. Alguns arranhões, queimaduras, mas eu passei na inspeção. — Como você se sente? Enjoada? Com tontura?
Balancei a cabeça. — Tudo bem
Ele assentiu. — Vou checar seus sinais vitais pelos próximos dias, de dia e a noite. Qualquer mudança me avise. E, por favor, tenha cuidado. Esse lugar deveria ser mais seguro que a cidade. Pelo menos você encontrou alguns velhos amigos. E eles me disseram o que aconteceu.
Então eu tive que suportar o interminável blah-blah-blah sobre meus novos amigos responsáveis que me resgataram. Eu não podia acreditar que ainda tinha língua, considerando por quanto tempo eu tive que mordê-la firmemente.
Eu chequei três vezes se cada janela e porta na casa estavam trancadas. Quando eu finalmente cai na cama, Helsing sentou na frente da janela que conectava a minha casa com a de Tristan...
***
O demônio continuou seu discurso enquanto pisava nos pinheiros secos ameaçando incendiá-los com as faíscas que gotejavam de seu corpo. Fogo traria atenção indesejada.
— Uma garota desprotegida, sobretudo, desnorteada com sua própria existência.
Uma corrente elétrica pulsou através das teias iridescentes azuis, pratas e roxas, através da sua forma humana.
— Mas ela é protegida, Fiskick.
A cabeça do demônio virou para a nova voz. Ele procurou na escuridão e se moveu próximo da agua.
— Echo? Eu deveria saber. Você arruinou tudo!
Os cacarejos de Echo zumbiam enquanto ele saia do lago, seu formato humanoide formando ondas coloridas. O lago podia ser visto através de seu corpo translúcido, borrado e escuro.
Nuvens cobriam todo o céu, exceto por uma abertura circular por onde a lua brilhava, como se o brilho queimasse um buraco através dos céus.
— Engraçado — A voz de Echo vibrou no ar. — Eu poderia dizer a mesma coisa a seu respeito. Eu poderia ter ido embora essa manhã, se o idiota que você contratou não houvesse matado meu homem. Onde está seu amigo irritante? Procurando besouros entre seus sapatos?
— Não. Seu bandido matou o meu. Eu não ouço dele desde manhã. Onde estão os seus? Comendo o dicionário como carne para aumentar o vocabulário?
Estática estalou durante o silêncio
Fiskick gemeu — Ou os Garotos Malditos o pegaram ou o chefe contratou uma terceira parte — Ele esfregou suas mãos juntas criando um brilho safira. — Eu a tive essa noite, mas ela usou algum tipo de arma. Então os caçadores apareceram. Por que você está aqui?
— Você está rastreando-a faz semanas sem nenhum resultado. O chefe ficou nervoso e me mandou.
Fiskick jogou seus braços, faíscas voaram. — Eles me mandaram para L.A. Me levou uma semana para rastrear a Nex até aqui! E quando enfim eu consegui? Ela mora na casa ao lado de um caçador. Me escondi aguardando ajuda. O que mais eu deveria ter feito?
— Bem, estou aqui agora, vamos nos juntar.
Fiskick ri. — Não, meu amigo. Os caçadores estão preparados e fui ordenado para me afastar. Além disso, não estou interessado em vingança.
— Estou falando sobre a Nex, não vingança. — A fúria controlada na voz de Echo ressoou no ar, forte o suficiente para agitar as folhas das árvores. — Olhe — a voz de Echo ficou mais agradável. — Nós estamos trabalhando para a mesma causa. Dois contra seis nos dá uma chance melhor.
— Sete. A garota tem algumas habilidades — Fiskick hesitou. — O que você tem em mente?
— O chefe nos quer de volta porque os Cacciatori estão chegando perto e se ela ou outros caçadores compreenderem a importância da garota, o Nex vai desaparecer sobre a proteção do Mandatum. Chegar até ela será impossível. No entanto, se distrairmos os caçadores, eles vão errar e nós podemos fazer nossa jogada.
— Distraí-los como?
— Herman. De a ele um gentil empurrão. Faça parecer como se o ódio o levasse até o limite.
— Para fazer o que?
— Matar Jocelyn — As ondas coloridas brilharam mais forte enquanto Echo falava sobre os protestos de Fiskick — Vai parecer completamente não relacionado a Nex. Toda a culpa vai cair em Herman. Se isso falhar, o chefe nunca vai saber que foi a gente, e se der certo, o crédito fica com a gente.
— Como?
— O final do Festival de Inverno. Jocelyn vai estar sem proteção já que ela não está contando seus planos a ninguém. Eu amo provocação adolescente.
— E Herman? Ele é nervoso, mas assassino?
— Você é bom em criar marionetes que façam qualquer coisa que você pedir.
***
Eu acordei com um peso em meu peito e olhos prateados brilhando em frente do meu rosto. Eu guinchei e golpeei a besta peluda. Um uivo voou através do quarto.
— Helsing! — Ele se preparou e saltou na beirada da minha cama. — Gato estúpido — Enxuguei meu rosto machucado. — Era só um pesadelo. Não precisava disso.
A luz do banheiro era rosa, cortesia do abajur de Cinderela da Luna. Ela disse aos amigos que era meu. Eu deixei. Eu lavei meu rosto na pia.
Sonho estranho. Eu nunca tive nada assim antes. Mais detalhado que uma visão. Eu sabia os nomes dos demônios, o que eles estavam pensando. Eu sabia que vingança era mais importante do que Echo admitiu.
Uma troca de pijamas e uma janela aberta clarearam minha mente, o ar noturno resfriou minha pele. A lua estava brilhando, igualzinho meu sonho. O céu –
Eu olhei novamente estupefata.
Nuvens cobriam todo o céu, exceto por uma abertura circular por onde a lua brilhava, como se o brilho queimasse um buraco através do céu.
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#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles)
ParanormalDurante dezessete anos para Aurora Lahey a sobrevivência tem sido um estilo de vida. DESTINO DEMONÍACO Aurora tem o superpoder mais inútil do planeta, e isso só liberou um esquadrão do inferno. Os demônios estão à caça, sobrevivendo apenas para cort...