Capítulo Cinquenta e Nove

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— Echo — eu suspirei

Ayden pulou. — Onde?

Matthias disse — Você tem certeza?

Os Garotos Malditos me cercaram, seguindo meu olhar.

Echo chamou minha atenção, ele levantou o queixo e sorriu malevolamente para Luna, deslizando um dedo lentamente pelo seu pescoço.

A mandíbula de Austrália apertou, sua voz profunda. — Suponho que sim.

Meu instinto me sufocou. O tempo parou. O som foi abafado. Olhei para o demônio. Ainda vivo. Ainda uma ameaça. Minha pele se arrepiou com ódio ardente. Todos com quem eu me importava, agora incluído um grupo desajustado de caçadores de demônios, não estariam seguros até Echo residir novamente no inferno. Talvez eu pudesse ajudá-lo a se mudar. Sem explodir um prédio dessa vez.

Os caras pararam atrás de mim, observando Echo e discutindo furiosamente opções de batalha, limitadas por todas as pessoas ao redor.

Tomei Tristan por trás e sussurrei em seu ouvido. — Você me deve.

— O quê?

— Por confundir minha cabeça sem permissão.

Ele começou a se virar. — Eu disse que eu estava...

Eu disse a ele para calar a boca e mantive ele olhando para frente. Eu estava esperando fazer parecer que eu estava procurando cobertura.

— Faça isso por mim. Agora mesmo. Você sabe exatamente o que. Sem perguntas.

Ele olhou para mim com preocupação. — Ok.

Com o meu tom de titânio eu disse — Faça novamente. A coisa de esquecer. Me dê tudo o que você tem. Não se segure.

Ele empalideceu, balançando a cabeça, tentando ir embora, mas eu mantive minha posição. Olhei para Echo e seu sorriso de satisfação no meio da multidão.

— Tristan! Não há tempo para explicar. Confie em mim. Eu tenho um plano. — Eu o soltei e fiquei de frente, esperando que convicção tranquila aparecesse em meu rosto. — Por favor.

Os ombros de Tristan caíram. A tristeza em seus olhos como se ele estivesse prestes a espancar o seu cachorro favorito, mas seus olhos torturados ganharam impulso em um redemoinho roxo.

Eu murmurei — Obrigada.

Os outros garotos perceberam. Ayden e Matthias correram, gritando — Não!

Eles chegaram um momento antes de Blake agarrá-los por trás. Eles se contorciam e gemiam um pé acima do chão.

Lágrimas quentes de gratidão escorreram pelo meu rosto, eu me virei e corri, acelerando a cada passo. Eu não estava cansada de correr, depois de tudo.

Mas desta vez, eu era o predador.

A sensação de coceira rasgou a parte superior do meu crânio. Em vez de lutar, eu abri para qualquer energia que Tristan jogou ao meu caminho. O formigamento se intensificou, o calor aumentou, mas nenhuma dor. Corri rapidamente no meio da multidão, empurrando, me movendo, pisando, ignorando os gritos de raiva. Eu perdi Echo de vista, mas não me importei. Era como se eu tivesse uma seta de neon apontando morte na cabeça.

Eu senti quando ele deixou o grupo. O formigamento foi incorporado profundamente no meu crânio. As bordas da minha visão tatuadas, como quando a lente de uma câmera começava a fechar. O tempo estava se esgotando.

Eu pulei do capô de um carro, fazendo amassados e arranhões na pintura, e joguei meu corpo para o ar. Echo se virou a tempo de ver os meus lábios torcidos em um sorriso feroz. Minha cabeça balançou no calor e perdeu a visão completamente quando eu bati nele com toda a força, meus braços e pernas iluminados como uma sanguessuga alienígena louca.

#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles) Onde histórias criam vida. Descubra agora