Capítulo Oito

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Jayden e seu irmão começaram a parecer muito bons porque a escória da humanidade jovem do sexo masculino estava esperando por mim espalhados nas escadas. Bem, não esperando. Eles pareceram tão assustados quanto eu, mas isso rapidamente mudou. A conversa parou. Seus olhares se arrastaram por cima do meu corpo. Sorrisos largos predatórios deslizaram através de suas bocas, encontrando um terreno confortável.

Fumaça ondulou de cigarros. Os jeans, camisetas, e moletons com capuz pareciam limpos o suficiente e cuidados básicos com a aparência eram evidentes, mas uma sensação de sordidez encobria o grupo. Cinco eu conseguia ver, mas as vozes vinham do próximo lance de escadas. Mais caras surgiam sobre a parede acima.

Um par de Oooohs vibrou no ar antes de um cara parecendo familiar, o valentão que tinha chutado a bola em Educação Física, levantar a mão. Silêncio suavizou as coisas.

— Ei você aí. — Ele não era o maior, mas a autoridade de macho-alfa agarrava-se a ele como colônia. Ele se empurrou da parede e sacudiu o cigarro para longe, acertando um outro cara que saltou para trás, batendo para longe as cinzas fumegantes salpicando sua camisa. O alfa não percebeu. Ocupado demais indo na minha direção.

Oh, ótimo.

Comecei a voltar a descer as escadas, mas, como um rato, um do séquito desceu deslizando passando por mim para bloquear aquela saída. Ele estendeu a mão. Meu braço se arqueou e golpeou a mão dele para longe, batendo-a com força contra a parede. Ele deu um olhar penetrante. Dei de ombros em um pedido de desculpas vazio.

— Acho que não seremos amigos, — eu disse, surpreendentemente estável considerando minha pulsação crescente. O alfa balançou a cabeça para o roedor, que escapuliu de volta.

— Não precisa fugir, — O Alfa disse em uma voz suave projetada para me deixar à vontade. Não deixou. — Você é a garota nova, certo? Deveríamos conhecer um ao outro. Melhor.

Engoli e olhei de relance para o meu pulso, vazio de qualquer relógio. — Talvez mais tarde. Agora eu tenho pessoas me esperando no refeitório.

O Alfa continuou vindo, devagar, sem nenhuma pressa, me dando o tipo de sorriso que eu vira pela última vez em um especial do Discovery Channel sobre crocodilos.

— Hmmm. Eu mesmo estou com um pouco de fome. Mas tenho certeza que você poderia satisfazer o meu apetite.

Todo mundo riu, menos eu.

Eu sorri, minha voz sarcástica. — Jesus, obrigada, quão grosseira eu fui e oh, tão sutil sua insinuação que um balde de lodo como você contribuiu maravilhas ao meu, até agora fabuloso, primeiro dia.

Julgando pela sua expressão, ele não apreciou o comentário. Minhas narinas se alargaram. O cheiro rançoso de suor e tabaco, coagulado com o meu próprio medo, ameaçou me sufocar. Pontinhos de luz faiscaram atrás dos meus olhos. Desmaiar? Não é uma boa ideia. Pense, Aurora.

De costas para a parede, eu avaliei o Alfa à minha esquerda, o arrepiante rato à minha direita, e respirei fundo. Eu podia lidar com isto. Eu era rápida. Com o suficiente de uma vantagem inicial, eu conseguiria sair. O Alfa avançou. Eu medi a distância em que um chute iria pousar meu pé entre as pernas dele. Pelo menos eu teria a satisfação de fazê-lo sofrer antes de escapar. Ou de eles darem o bote. Ele estava quase lá. Quase...

Houve comoção acima. Um corpo saltou sobre o corrimão. Um cara em uma jaqueta de couro preta caiu de pé na minha frente. Como uma bomba explodindo, a percussão de sua chegada empurrou o Alfa e seu bando, mas eles se firmaram na posição após o estouro inicial de choque.

— Ishida? — Alfa franziu a testa. — Que diabos?

— Olha a língua, Herman — Ayden reprimiu e fez um gesto para a máfia do Alfa. — Temos damas presentes.

#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles) Onde histórias criam vida. Descubra agora