Capítulo Cinquenta e Seis

5 1 0
                                    

Aconteceu rápido.

Aquela pressão tão familiar se abateu. Minha mandíbula apertou contra a dor.

Teias azuis como tentáculos de repente correram pelo chão e se entrelaçaram na minha frente. Vivas, se contorcendo, a voltagem elétrica disparou, se movendo como uma aranha em uma barreira brilhante colorida do chão ao teto. Conforme subia, ela cortou a mão estendida de Echo. O membro bateu com um ruído surdo no chão em uma massa murcha. Echo explodiu ondas sonoras com a mão restante. Elas pulsaram contra a parede de eletricidade que tinha acabado de brotar e bateram forte em sentido inverso, lançando Echo para trás.

A pressão crescente sobre o meu corpo foi liberada em uma maré maníaca. A explosão derrubou os garotos de seus pés e ondulou a parede de eletricidade.

Braços apertaram em volta dos meus ombros e cintura, seus toques fazendo cócegas como sirenes que você tenta segurar no carnaval. Fiskick me virou de frente para os garotos. Pânico travou minhas articulações. Luz branca crepitou debaixo da minha pele.

— Aurora, acalme-se — Fiskick disse. Ele viu os caras de pé, avançando. — Fiquem para trás! Se ela ficar chateada, todos nós estamos em apuros. Eu estou tentando ajudar.

Matthias ergueu a mão, mas eles já tinham parado, confusão enrugando testas irritadas. Fiskick suspirou, se apoiou em mim, ofegando. Faíscas crepitantes pingavam dele. Um cheiro queimado permeava.

A barreira de eletricidade de Fiskick vacilou, mas se manteve firme contra o grito de Echo. — Eu deveria saber que você estava trabalhando para ela! — Ele me atirou um olhar de ódio, o cotoco de um braço embalado em seu peito.

— O quê? — Minha surpresa foi ecoada pelos garotos.

— Fui enviado para protegê-la — Fiskick disse. — De todos vocês.

— Ela não precisa de proteção de nós — Matthias disse.

O zumbido do toque de Fiskick se intensificou. Meu brilho aumentou, mas foi dificilmente perceptível quando o corpo de Fiskick se iluminou como o quatro de julho.

— Foram vocês que tentaram matá-la em primeiro lugar! Ela tem as cicatrizes para provar isso.

— Meu ataque? Aquilo foi apenas um bando de crianças.

Echo soltou um assobio baixo. — Não é de admirar que você seja tão doente mental.

— Humanos controlados por um deles. — Fiskick apontou para a forma inconsciente de Tristan. — Um Ilusionista os programou com uma meta. Te matar. Foram eles que expuseram você. Como você acha que ele — Fiskick acenou com a cabeça para Echo — sabia onde você estava. Eles o enviaram!

— Isso é loucura! — Os lábios de Ayden se retraíram.

— Não, na verdade, você fez — Echo disse. — Sua preciosa sociedade, de qualquer forma. À qual você é tão leal. Alguns não acham que ela é o melhor para o futuro deles.

O ar afinou. Branco tingiu minha visão. Pressão cresceu.

— Aurora, não — Fiskick disse. — Você está segura. Eu não vou deixar nada te machucar.

Isto era doido demais.

— Se... — a boca de Matthias se moveu como se estivesse testando palavras que tinham gosto azedo — se o Mandatum enviou Echo, quem te enviou?

— Você vai descobrir muito em breve — Fiskick disse. — Mas acredite em mim quando digo que podemos protegê-la muito melhor do que você. Se o Mandatum a pegar, ela estará morta, e ela é importante demais -

#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles) Onde histórias criam vida. Descubra agora