44. É um prazer conhecê-la.

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Boa leitura! Me perdoem a demora.

Elizabeth suspirou fundo, tentando conter as lágrimas que teimavam em escorrer pelo seu rosto; sair de Riverdale estáva sendo extremamente difícil, muito mais do que ela poderia imaginar.

— Serão apenas por seis meses — garantiu aos pais, vendo Alice chorar ainda mais no peito de Hall.

O vôo foi anunciado e Elizabeth precisou se despedir dos pais, o que rendeu ainda mais angústia no peito de Alice; Hall mantinha a sua pose de durão, como sempre foi, mas no fundo estava sofrendo tanto quando a sua mulher.

— Preciso ir — disse novamente e os abraçou —, amo vocês.

Cooper seguiu em frente e depois de alguns passos, chegou até a fila de embarque, andando sem sequer olhar para trás.

Já dentro do avião, sentou-se em sua poltrona e optou em assistir um filme qualquer para passar o tempo; seria apenas duas horas de vôo, provavelmente passaria extremamente rápido.

Como fora pensado pela loira, a viagem percorreu de forma tranquila e calma.

Posteriormente, na saída do aeroporto, optou em pegar um táxi que lhe levasse ao seu destino final e que, finalmente, pudesse descansar. Não demorou para que achasse um táxi por ali, dessa maneira, como consequência, não demorou a chegar em casa.

Logo que pôs os pés dentro da residência alugada — escolhida por ela, pela possibilidade de conter mais liberdade do que em um apartamento ou condomínio —, pegou o celular e ligou para os seus pais, afim de avisar que já havia chegado e que estava bem.

— Oi pai — disse quando ele atendeu — liguei para avisar que cheguei e estou bem.

— Fico aliviado em saber que sim, descanse bastante antes — desejou e despediu-se, justificando que iria resolver alguns problemas referente as empresas.

Betty olhou em volta e viu a residência totalmente arrumada, mas faltando alguns detalhes que a mesma iria adicionar logo para que a casa ficasse mais a sua cara. O aluguel da casa mobiliada não tinha saído barato, era evidente; contudo, seria burrice deixar de alugar com móveis ao invés de comprar móveis novos. Ademais, um dia antes, a casa foi arrumada por uma diarista que fora contratada a pedido da loira.

Cooper seguiu puxando as malas para o quarto e quando abriu a porta levou-as até o canto da parede; em seguida, andou até os outros cômodos afim de ver melhor cada lugar e detalhe.

Era uma casa confortável e espaçosa para uma pessoa.

A rua escolhida pela loira era estratégico, perto da casa tinha uma escola, supermercados variados, pubs e continha poucos metros do hospital que a própria iria trabalhar. Posteriormente, quando olhou tudo e abriu as janelas e cortinas para ventilar a casa, a garota decidiu tomar um banho e passear pelo local para conhecer mais da rua e da vizinhança.

Elizabeth abriu a mala e pegou algumas peças de roupa confortáveis e frescas, junto a uma toalha, seguindo para o banheiro em seguida. No momento em que ficou totalmente despida, adentrou no box e ligou o chuveiro esperando que a água caísse em temperatura morna. Entretanto, assustou-se quando sentiu as gotas d'água gélidas entrar em contato com a sua derme.

Por fim, praguejou com si mesma e entrou debaixo do chuveiro. Por causa da temperatura da água, o banho aconteceu de forma rápida e eficiente; depois, andou até o quarto novamente e escolheu um vestido azul com flores brancas que ia até a canela; nos pés, calçou uma sandália branca e optou por deixar suas madeixas douradas soltas. Por último, colocou seus pertences em uma bolsa simples e saiu em direção à rua.

A rua era calma, não tinha muito movimento e isso a permitiu que aproveitasse bem para olhar tudo de forma detalhada. Enquanto andava, pôde ver uma senhora sentada sob uma cadeira de balanço enquanto lia algum livro e riu consigo ao perceber o quanto clichê a sua vida era.

Se apaixonar por um nerd, confere.

Fazer o nerd virar uma pessoa promíscua, confere.

Ser abandonada em pleno baile, confere.

Ter uma velhinha como vizinha, confere.

O que mais faltava?! Talvez, que seu próximo e real príncipe viesse encontrá-la em cima de um cavalo branco? Ou então que, por algum motivo, ela espetasse o dedo em uma roca e adormecesse em sono profundo.

Enquanto estava absorta com os pensamentos pairando sobre a mesma, um tropeço a impediu que continuasse daquela forma e após se estabilizar, olhou para baixo e percebeu um garoto de, no máximo, seis anos sentado no chão enquanto mexia freneticamente com os dedos e mantinha um bico na face.

— Ei — chamou e o viu erguer a cabeça, envergonhado — Você está perdido?

O menino balançou a cabeça afirmando e a garota abaixou-se afim de ficar na mesma altura que o garoto.

— Como isso aconteceu? — perguntou, curiosa.

— Eu estava brincando com meus colegas de se esconder e me perdi — explicou.

Elizabeth suspirou fundo e olhou para os dois lados da rua a fim de ver alguém que estivesse procurando-o.

— Vem, eu te ajudo a ir de volta para a sua escola.

O menino a olhou nos olhos, ainda que não confiasse totalmente na mulher, preferia arriscar do que permanecer ali. Os olhos vermelhos do mesmo indicavam que ele tinha chorado durante algum período.

O coração de Elizabeth partiu em milhões de pedaços só de imaginar no pior, caso ela não houvesse decidido andar pelas ruas de Burnaby.

— Qual seu nome? — perguntou para o menino e levantou-se, estendendo a mão.

— Peter — respondeu e levantou do chão, pegando na mão da loira.

Cooper começou a andar nas ruas, guiando-se apenas por informações dadas pelos moradores daquela rua. Após andar mais um pouco, pôde ver uma mulher de madeixas negras e longas no meio da rua, andando de um lado para o outro como se estivesse procurando alguém.

No momento em que Peter avistou-a, soltou a mão da loira e correu em direção a mulher; a mesma ergueu o rosto procurando e quando o viu, sorriu. Parecia estar aliviada e tinha razão.

Os dois se abraçaram fortemente e o alívio pareceu percorrer o corpo da mulher, fazendo a preocupação se esvair rapidamente. Depois, a mesma soltou-se do garoto e segurou a mão pequenina, andando até Elizabeth que se aproximava.

— Acho que devo te agradecer — disse e sorriu.

— Eu o encontrei sentado numa grama — começou a explicar — e então, decidi ajudá-lo a chegar na escola.

— Te agradeço imensamente — falou novamente —, você é nova aqui? Nunca te vi por essas ruas.

Betty pôs uma mecha atrás da orelha e respondeu: — Sim, cheguei hoje e optei em conhecer um pouquinho.

— Ah, sim. Me chamo Maggie Lindemann, é um prazer conhecê-la — estendeu a mão.

— Sou Elizabeth Cooper, o prazer é meu — apertou a mão da morena que sorriu.

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oi galera, perdoem a demora. sério, a escola me consumiu (e ainda me consome).

para acabar, escrevi o capítulo ontem e perdi boa parte, tive que escrever novamente.

então, me contem teorias para o futuro da fanfic :')

MASTURBATING ৲ bughead ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora