57. Seria logo.

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Boa leitura! O capítulo é no ponto de vista da Betty.

Meu coração se acelerava a cada passo que eu dava. Era como se eu estivesse trilhando o caminho que me levasse à beira do precipício.

Talvez eu estivesse ficando louca?

Talvez.

Quando eu estava chegando próximo ao meu destino, dei dois passos e voltei para trás. Não, definitivamente, eu não faria o que estava pensando. E sim, eu realmente estava maluca o suficiente para sequer pensar naquilo e pior, fazer.

Suspirei fundo e voltei a fazer o meu trabalho. Analisei, olhei, andei o hospital cumprindo o que tinha que fazer e por ora, conversando com algumas mães que ainda estavam no hospital.

No horário do almoço, recebi uma mensagem. Desbloqueei o aparelho e olhei o remetente, lendo mentalmente o nome de Maggie estampado na tela com um coração ao lado. Por ora, pensei se deveria deixar o contato daquela forma ou deveria mudar.

A dúvida lhe percorria.

Por que ela tentou me beijar enquanto tinha um noivo?

Depois de muito pensar, abri a mensagem e li. Ela queria saber se eu estava bem, depois de tudo o que ocorrera na noite anterior; tinha que confessar, Maggie era um amor de pessoa e a fazia se sentir confortável.

Respondi, enquanto levava uma colher da comida na boca. Decidi manter o mesmo nome e o mesmo tratamento para com ela, não tinha certeza das coisas e preferia não fazer decisões equivocadas — como faria há um tempo atrás.

Após aproveitar os últimos minutos do almoço trocando mensagens com Maggie, voltei ao meu posto e resolvi as últimas coisas que restava desde que tinha chegado. Quando finalmente acabasse, esperaria o horário, que tinha que cumprir diariamente, chegar.

Não havia muita coisa para ser feita, então o trabalho que deveria ter durado muito em média quatro horas, durou apenas duas horas e meia. No momento em que eu acabei, me permitir à ir para a cantina a fim de pensar.

Nada era melhor do que pensar acompanhada de alguma comida. No meu caso, comer enquanto pensava fazia abrir horizontes para coisas das quais eu não conseguiria pensar se estivesse, apenas, pensando. Pedi um hambúrguer, um donuts e uma xícara de café expresso para finalizar o meu momento de pensamentos.

Pensei no que tinha acontecido na noite anterior. A dúvida me percorreu novamente e eu decidi fazer o que tanto me contive: mandar uma mensagem para Maggie perguntando sobre a tentativa de beijo.

Sem pensar muito, enviei a mensagem e coloquei o celular sobre a mesa, enquanto tentava conter a minha ansiedade e nervosismo na comida à minha frente. Dei uma bela mordida no hambúrguer quando o celular vibrou e eu o peguei rapidamente.

Meu coração se aliviou ao ler.

O relacionamento de Maggie era aberto, o que significava que o que tinha que acontecer ontem já estava explícito e às claras em relação ao seu noivo. Era algo consensual.

Digitei mais uma mensagem, finalizando a conversa e concentrando a minha atenção na comida e nos pensamentos que me rondavam; mas dessa vez, sem dúvidas. Nesse caso, então era normal a possibilidade de que ocorresse um caso entre nós duas.

Esse tipo de pensamento fez meus pêlos se eriçarem e eu me pus ao questionamento de saber se eu sempre fui assim e não percebi. De qualquer forma, seria uma pena, pois perdi a minha adolescência colocando toda a minha atenção e habilidade em garotos que não valiam à pena.

Porém, naquele momento, era hora de converter o quadro e focar em outros ares.

Era óbvio que eu não era mais hétero. Ainda assim, precisava descobrir em que se encaixava: bissexualidade? Pansexualidade? Não sabia, mas eu iria descobrir mais tarde gastando algumas horas na internet.

Levei um susto quando senti um papel fini entrar em contato com a minha boca, virei para o lado e olhei para cima, observando a figura masculina do Jughead com um guardanapo nas mãos.

— Posso me sentar? — perguntou com a maior cara de pau.

— É, deixa eu pensar... Não! — sorri cínica.

Como ele ainda tinha a audácia de vir me perguntar sobre a possibilidade de manter-se perto de mim? Era o cúmulo do absurdo.

— Tudo bem — suspirou e sentou de frente para mim.

— Acho que você deveria buscar o significado da palavra "não" ou quem sabe, voltar para escola — dei mais uma mordida no hambúrguer, tentando ignorá-lo.

Meu celular vibrou novamente e mesmo com certo receio, eu o desbloqueei e cliquei na mensagem. Além de Jones estar na minha frente, ele não teria a coragem de puxar o meu celular pra ver o que continha ali — era o que eu achava e preferia acreditar.

Era uma foto de Maggie, que surpreendentemente, tinha os fios negros curtos; não pude evitar um sorriso ao observar a foto. Senti o Jughead ter um leve desconforto, mas me mantive concentrada na imagem, enquanto digitava rapidamente um elogio para a morena.

Depois, desliguei o aparelho de vez e terminei de comer. Em seguida, me levantei da mesa e deixei o moreno sozinho, sem dizer sequer uma palavra. Eu não sabia explicar, mas um sentimento novo crescia em mim e bom, eu não era experiente nisso, mas desconfiava de que seria o gosto da vingança que estava por vir.

E seria logo.

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demorei, mas postei. bloqueio, sabe como é k.

mas enfim, o que será que Betty vai fazer? 🤪 deixem suas sugestões.

e o que será que ela iria fazer?

estamos quase com 250k, ai meu coração.

MASTURBATING ৲ bughead ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora