66. Meu pai?

3.6K 517 479
                                    

Depois de um mês... Eu apareço novamente e dessa vez, para não sumir mais! Boa leitura, anjos.

Os raios solares atravessaram as persianas e Elizabeth espreguiçou-se na cama, tateando o lençol e abrindo os olhos em seguida, para assim, perceber que Jones já não estava ao seu lado.

Na noite anterior, após o banho, ambos prepararam e comeram uma refeição e deitaram na cama, abraçados no escuro enquanto a luz do luar atravessava a janela e proporcionava uma iluminação diferente, mas gostosa de se estar.

Permaneceram assim por alguns minutos e depois caíram no sono. O dia havia sido exaustivo para os dois! Tanto fisicamente quanto psicologicamente.

Se a Betty quando criança pudesse prever o futuro, certamente trilharia caminhos diferentes para não passar por situações tão difíceis quanto aquela. Contudo, não deixaria de lado a oportunidade de conhecer Jughead Jones.

Logo depois de cair em si, dando conta que precisava levantar, Cooper saiu da cama e seguiu até o banheiro para escovar os dentes. Deu de ombros, era bem provável que o moreno tivesse ido para casa logo cedo, afinal precisaria resolver coisas muito mais importantes do que ela naquele momento. Seu coração, movido pelo egocentrismo e egoísmo, sentiu uma pontada ao pensar na possibilidade de algo ser tão importante quanto ela.

Assim que saiu do banheiro, a loira se pôs a tirar a blusa larga que usava — e que, infelizmente, não era de Jones — para dormir e parou assim que ouviu passos próximos a si. Virou-se impulsivamente, achando ser algum ladrão; estava prestes a dar um soco no indivíduo, quando sentiu os dedos longos e frios de Jughead agarrarem sua mão.

— Puta que pariu, Jughead! — levou a mão no peito e suspirou fundo e quando o moreno a encarava com os olhos arregalados — Achei que tinha ido embora.

— Não iria ir embora sem passar um tempo com a pessoa mais importante da minha vida — disse, fazendo-a sorrir.

Elizabeth sentiu suas bochechas doerem de tanto sorrir. Era incrível como Jones fazia qualquer dúvida ou sentimento ruim se esvair dela apenas com palavras que acalentavam o seu coração de uma forma indescritível.

— Você quase me matou de susto — alertou-o.

— Você quase me matou com um soco — retrucou, zombando da atitude da mulher — aliás, com quem você aprendeu a bater assim?

— Com a vida, depois de tanto apanhar, tive que aprender a revidar. Não é? — brincou, mas arrependeu de ter dito o que acabara de pronunciar, pois devido as circunstâncias, havia mais de uma interpretação.

Jones percebeu, mas mudou de assunto e puxou a menor para os seus braços.

— Tomei a liberdade de fazer o café da manhã, espero que não se importe por ter mexido na sua cozinha — disse, afagando os fios dourados de Elizabeth com seus dedos.

— Nunca me importaria — respondeu, enquanto se afastava para tirar a blusa.

— Mas, se você quiser, podemos deixar para depois... — O moreno propôs enquanto encarava o corpo semi-nu da mulher, que usava apenas uma calcinha de renda preta.

— Eu até deixaria, mas estou com muita fome...

— Tudo bem, podemos deixar isso para mais tarde — deu de ombros e sorriu.

Depois que Elizabeth vestiu uma roupa mais composta, os dois seguiram para a cozinha, na qual iniciaram as refeições enquanto jogava papo fora.

Por dentro, Jughead mantia-se nervoso. A noite foi o suficiente para que ele chegasse a conclusão de que deveria dizer a verdade para Elizabeth. Não poderia se dar a chance de perdê-la novamente e não iria fazer isso. Contudo, não sabia o momento certo de dizer.

Posteriormente, quando terminaram o café, cada um seguiu para seu respectivo trabalho e combinaram que iria sem encontrar novamente no fim do dia. Então, Jones dormiria mais uma vez com a loira.

:¨·.·¨:

Depois de um longo dia de trabalho, Elizabeth pôde chegar em casa e descansar. Havia esquecido que Jones voltaria para casa até ouvir as batidas na porta e a voz rouca do mesmo a chamando.

A loira atendeu em passos largos, abrindo um sorriso ao vê-lo mais uma vez.

Era inevitável não sorrir! Mas, uma parte de si sentia-se triste por Maggie, gostava de tê-la como amiga. Ela foi a primeira pessoa que lhe acolheu ali.

O abraço apertado do moreno a acordou para o mundo real, deixando os seus pensamentos para trás e se concentrando no agora.

— Preciso urgentemente de um banho — comentou e se desfez da loira, seguindo para o interior da casa após fechar a porta.

Era engraçado o modo como Jones parecia morar ali há meses.

Enquanto Jughead tomava banho, Elizabeth assistia o seu seriado do momento, estava totalmente apaixonada em “Anne with an E”; porém, totalmente irritada com o fato de apenas possuir três temporadas e ainda ter sido cancelada.

Foi questão de vinte minutos para que o moreno voltasse e se jogasse no sofá, junto a loira.

— Eu shippo a Anne com o Gilbert, eles — começou a dizer, mas foi interrompido pela mão da menor em sua boca.

— Mais uma palavra e eu dou um murro em você — brincou e completou —, sem spoilers.

— Quando você ficou tão agressiva? Pela manhã, eu quase tomei um soco e agora fui ameaçado.

Ambos riram e Cooper encostou a sua cabeça no peitoral coberto por uma blusa fina.

Depois de juntar toda a coragem que possuía, Jones puxou um assunto.

— Então, eu queria falar com você sobre aquilo...

— Aquilo o quê? — virou-se de frente, encarando o moreno.

— O motivo de eu ter saído de Riverdale — falou rapidamente, mas o suficiente para que ela entendesse.

— Estou esperando, não vou perguntar se tem certeza pois eu já esperei demais por explicações.

— Eu sei e agora é o momento certo para dizer tudo, já perdi tempo demais sem você e antes de tudo, quero pedir desculpas por tudo que lhe causei e que ainda posso causar com isso.

O corpo de Elizabeth se tensionou e ela consertou-se no sofá.

— Quando namorávamos, seu pai veio atrás de mim, a impressão que eu achei que ele tinha de mim não era verdadeira. Ele apenas fingiu. Foi tolo da minha parte esperar que ele gostasse de mim e me aceitasse com você, eu não poderia te dar um futuro, um futuro que você merecesse de verdade. Alguns dias depois da prova que eu fiz e que você me ajudou a estudar, seu pai veio atrás de mim e me fez a proposta de estudar medicina. No início eu achei que era bondade dele, mas depois percebi que para isso acontecer, eu precisaria te deixar.

Meu pai? — interrompeu com o tom de voz elevado soando como um grito, sem acreditar, mantendo os olhos arregalados.

━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━

hihihi, está aí! puts, tava com a maior saudade de atualizar aqui :')

superei as expectativas? era o que vocês esperavam? me contem, aaaa.

beijos e até o próximo capítulo — deve sair segunda-feira.

MASTURBATING ৲ bughead ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora