38. Nos vemos mais tarde?

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Boa leitura!

— Eu estou estudando durante às noites — explicou, vendo a namorada formar um bico com os lábios —, esqueceu no que você me inscreveu?

Elizabeth passou a mãos pelos fios loiros, tentando achar paciência em algum lugar de si.

— Uma noite á menos não vai fazer falta — tentou convencê-lo e depois, acrescentou — assim como cinco também não...

Por mais baixo que ela tivesse falado, o namorado a ouviu e soltou um riso fraco enquanto se dirigia para a sala de química, acompanhada da mesma.

Esta era uma das aulas em que eles estudavam juntos.

— Conversamos sobre isso depois — declarou, virando-se de frente a loira e depositando um breve selar sobre os lábios da mesma.

Posteriormente, seguiu até a sua mesa e sentou-se ao lado de sua parceira enquanto o professor organizava a mesa para o início da sua aula; quando o olhar de Cooper pairou sobre a figura feminina de fios loiros claros e com uma tiara sobre a cabeça, o sentimento de ciúmes voltou a surgir.

Não era tão difícil saber que ela e Jones tinham um vínculo entre colegas movido pelos anos em que estavam juntos; sendo mais específico, desde o início do ensino médio.

O professor iniciou a aula, mas não foi o bastante para que Cooper desviasse a sua atenção de dois em dois segundos para dar uma olhada no namorado; do seu lado, estava Verônica. Sua dupla de sempre. Era estranho permanecer ao lado dela depois de algumas semanas sem se falar e pior ainda, pelo que ela fez.

Por um lado, ela queria que a relação entre ambas voltasse a ser como era antes; contudo, toda vez que ela lembrava do que a morena tinha feito com sua prima, a raiva lhe consumia.

Se ela falasse sobre isso com o namorado, provavelmente ele responderia que todos nós erramos e não somos robôs para acertar tudo na primeira tentativa. Somos feito de carne e osso e por isso erramos; erramos uma, duas, três vezes e está tudo bem no final.

Seria hipócrita cobrar dos outros o que não fazem. Assim como Verônica, Elizabeth também erra e o perdão é a melhor opção a se fazer nesses casos; perdoar é a melhor solução em qualquer caso, mas somente se o bem estar em tomar essa decisão prevaleça e não por obrigação.

O olhar de Cooper pairou sobre os braços de Verônica e viu pequenos cortes, das quais foram cobertos falhamente por algumas pulseiras; a mesma assustou-se com a possibilidade do seu pensamento estar correto.

Num ato rápido, a loira pegou o braço de Lodge, que em reação, puxou o braço de volta para si.

— O quê?! Por que isso? — cochichou para a morena, que se manteve em silêncio — precisamos conversar depois.

Declarou a loira ao perceber o olhar do professor sobre si.

A aula em si passou rápido, mas isso não impediu que ela não ficasse enraivada com a liberdade que Sabrina tinha com o namorado; mesmo com o ocorrido há semanas atrás, quando Cheryl flagrou a ex namorada e a loira, ela não deixava a desconfiança de lado.

No entanto, tentava se convencer de que ele não faria isso. Afinal, é Jughead e se há algo que ele não faria, é traí-la.

Quando o professor liberou todos, Verônica tentou sair o mais rápido que pôde; porém, foi interrompida após sentir a mão delicada e macia de Betty, puxar-lhe. A morena rolou os olhos e suspirou fundo, tentando manter a calma.

— Agora, podemos falar disso — declarou —, Por que?

Perguntou, referindo-se aos cortes.

— Eu preciso ir para a aula, Cooper — respondeu fria, tento esquivar das perguntas.

— Não agora — deu mais um passou afim de aproximar-se mais e a viu, respectivamente, dar um passo para trás e puxar as pulseiras para baixo, tentando cobrir os cortes.

— O que importa? — respondeu com outra pergunta, fungando ao sentir as lágrimas em suas linhas d'água.

— Você importa — respondeu, soando sincera —, eu quero saber o que aconteceu para você fazer isso.

— Sinto muito, Elizabeth — deu de ombros, como se não se importasse — Não se incomode comigo, é só fingir que não viu.

Lodge saiu para fora da sala, batendo a porta com força e deixando a loira ali, sozinha. Segundos depois, a figura masculina de Jones atravessou a porta e um pequeno sorriso surgiu nos lábios da menina; ainda assim, permanecia preocupada.

— O que te pertuba, hein? — perguntou, puxando a namorada para um abraço e aconchegando-a em seus braços.

— Longa história... — suspirou novamente — te contarei mais tarde.

— Tudo bem, mas eu irei cobrar! — declarou — Agora coloque um sorriso no rosto, ok? eu amo apreciar as curvas que seus lábios fazem.

Cooper ri.

Seu namorado era adorável e isso era um fato que não poderia ser contestado; era como dizem... Contra fatos não há argumentos.

E não tinham mesmo.

— Vamos para sala — a menina o puxou afim de sair, mas foi puxada de volta.

Um beijo curto fora depositado em seus lábios e o gosto da bala de menta que estava na boca de Jones fora compartilhada consigo.

Nos vemos mais tarde? — perguntou o moreno, referindo-se á casa dos Cooper's.

Elizabeth balançou a cabeça antes de esboçar um sorriso travesso.

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irra, o próximo capítulo promete.

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