⋆ 𝐌𝐒𝐓 ﹅ 26' ◐ 𝗳𝗲𝗹ᴉ𝘇. 🎡

8.3K 748 1.1K
                                    

 🎡 ≀ 𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 ៸៸ seria possível acontecer algum dia?

— Ela fugiu.

— Como assim, fugiu? Como deixaram isso acontecer? — perguntou, furioso.

— Eu não sei, ok?! — ralhou — A única coisa que sei é que devemos ter cuidado a partir de agora.

Jughead suspirou, passando a mão nos fios negros e bagunçando-os.

— Eu não acredito que isso está acontecendo mais uma vez! O pesadelo que era a nossa vida vai voltar.

Jack levou as mãos em direção ao rosto do irmão e o fez olhar em seus olhos.

— As coisas mudaram, ela não irá fazer o que fez antes — falou com certeza — e eu estarei aqui para garantir.

Antes de Jughead poder contestar, uma vez feminina chamou o seu irmão da cozinha afim de terminar as refeições que foram incomodadas.

— Precisarei ir, mas qualquer coisa que houver de inusual, me ligue — advertiu e voltou para a cozinha após dar um abraço do irmão.

Jughead voltou para casa, mas agora, tudo parecia incomum. Ele estava com medo, mesmo após anos do ocorrido, era inevitável não sentir; ele tinha traumas das quais nunca esquecera.

E tudo piorava quando a sua figura materna era a protagonista desse trauma. Jughead sofrera muito quando ainda era uma criança, ao contrário do que teria que acontecer com as crianças, ele não era feliz e tudo isso por causa da sua constituição quando o assunto era família.

Gladys, a sua mãe, era usuária de drogas e consideravelmente, louca; sempre o tratou como se fosse um cachorro qualquer, aliás, sempre tratou os seus filhos como se não fossem nada além de um peso em suas costas.

O pai de Jones nunca foi conhecido por ele e nem falado pela mãe, na qual só se importava com drogas e os seus homens.

Aos oito anos de idade, o moreno era obrigado a ir trabalhar com qualquer coisa que achasse oportunidade e caso não conseguisse dinheiro bom o suficiente para satisfazer aos desejos de Gladys, a punição era severa; o mesmo servia para Jack e foi dessa forma que ele passou anos de sua vida, compartilhando o trauma com o irmão.

Entretanto, o pior quase aconteceu quando em uma das punições que sofrera pela mãe e na qual ela estava fora de si. Naquela noite, ele havia chegado cedo do trabalho com vinte dólares para entregar a sua mãe e o coração estava apertado pois  não estava certo de que aquela quantia era o suficiente para tal.

E não foi, não foi o suficiente.

Os gritos que Gladys proferia eram ouvidos por quem passasse naquela rua e as lágrimas de uma criança de oito anos dançavam sobre a sua bochecha numa tentativa de aliviar toda a dor psicológica que sentia.

A dor psicológica era mil vezes pior do que a dor física, disso ele sabia bem.

Os gritos evoluíram para tapas, Jughead chorava cada vez mais enquanto ela mandava-o calar a boca e parar de chorar; entretanto, ele não conseguiu fazer e então, movida pelas drogas junto ao nervosismo e dependência de mais drogas, ela o levou até o seu quarto.

Num ato rápido, retirou as peças do menino, deixando-o totalmente desprovido de roupa; o mesmo pensou que iria levar umas boas palmatórias em sua derme branquinha. Contudo, ele estava enganado e só percebeu quando sentiu ela ficar sobre o menor.

Nojo era a sensação que tomava conta do mesmo naquele momento.

Em minutos após aquele momento indescritível, quando Gladys iria fazer o principal ato para o que queria, Jack chegou e correu até ela, retirando-a de cima do irmão.

— Você está louca? — gritou e a empurrou, fazendo-a cair no canto da parede; em seguida, andou até o irmão e o abraçou — Fique calmo, eu estou aqui.

Naquela noite, os vizinhos resolveram tomar uma decisão aplaudível e chamou profissionais de um hospício local; com muito esforço, Gladys foi mandada para lá e nunca recebeu sequer uma visita dos filhos.

Nunca teria, afinal, ela não fora uma mãe de verdade.

Ambos ficaram um período na casa e conseguiram juntar dinheiro o suficiente para mudar de cidade e esquecer temporariamente todo o passado horrendo que tinham.

Quando o táxi chegou em frente a sua residência, os seus pensamentos foram interrompidos pelo chamado do motorista.

— Oh, desculpe-me! — pediu, retirando o dinheiro da carteira — Aqui, pode ficar com o troco.

Jughead saiu e seguiu direto para o prédio, sem olhar ao seu redor com o medo o impedindo. Ele queria apenas ser feliz. Seria possível acontecer em algum dia?

Tadinho do meu bebê, :( 

MASTURBATING ৲ bughead ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora