12º

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"O dinheiro não traz felicidade, ao contrário

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"O dinheiro não traz felicidade, ao contrário. A busca do ser humano por dinheiro torna-o podre e totalmente infeliz."

Christopher

Diferente do que Dulce previu, Catarina me ligou no dia seguinte, convidando-me para acompanhá-la em um baile beneficente da alta sociedade.

Talvez eu preferisse um jantar, cinema ou até mesmo que ela me levasse de novo para a sua casa, mas já que esse seria o encontro perfeito pra ela, eu a acompanharia de bom grado.

Quando chegamos ao evento, ela quis ir correndo falar com a Dulce. Provavelmente, pra que as duas pudessem se provocar.

Eu não podia entender as mulheres. Se não se gostavam, por que perder tempo conversando só pra se irritarem uma com a outra?

Nos afastamos e depois de Catarina cumprimentar mais algumas pessoas, nós pegamos algumas bebidas perto do bar.

— Gostei de como você colocou a Dulce no lugar dela. — riu.

— Eu só falei a verdade. Não tive o intuito de fazer ela se sentir mal, só fui sincero. — dei de ombros.

— A Dulce precisa de um choque de realidade. Reclama horrores do pessoal da alta sociedade, mas ela é a mais horrível de todas só por se achar superior.

— Você a conhece a muito tempo? — perguntei com curiosidade.

— Ela e o Allan eram muito amigos no ensino médio e consequentemente, ela vivia na minha casa. Nunca nos gostamos.

— E por que não?

— Dulce sempre foi uma mimada que acha que pode falar como quiser com qualquer pessoa e isso é irritante. — assenti concordando.

— Acha que existe um motivo pra que ela seja assim?

— Toda menina rica é direcionada a ser uma mulher fina, poderosa e com um ar de liderança. Mas ela? A mãe da Dulce conseguiu transformá-la numa bruxa nojentinha e egoísta. — fez cara de nojo. — Mas ela é bem pior que a mãe. É tão ruim que não consegue manter ninguém por perto. O único que gostava dela era o pai e como você já deve saber, o velho morreu. Depois da morte dele, todo mundo simplesmente meteu o pé e ela ficou sozinha. Nem a família quis ficar perto.

— Talvez a família seja pior que ela.

— Christopher, olha pra ela. — nós dois olhamos em direção da onde Dulce estava, sentada em um dos sofás. — Nem o meu irmão que a convidou pra acompanhá-lo está perto dela. E todo mundo desvia o caminho pra não ter que falar com ela.

Dulce bebia uma taça de champanhe enquanto outras 4 taças vazias estavam sobre o centro de frente à ela. Mantinha um olhar distante, quase tedioso e suspirava de tempos em tempos. Se a solidão tivesse uma face, seria aquela.

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