67º

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Dulce

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Dulce

Assim que estacionei na minha vaga da empresa, eu mirei o carro parado na vaga do meu irmão. Ele teve a audácia de ir trabalhar usando um dos carros de luxo que ele e papai arremataram em leilões.

Se os funcionários já especulavam que estávamos desviando os cortes para o nosso bolso, o que iriam pensar quando vissem esse carro na vaga do Alfonso? Ah, mas ele me ouviria!

A primeira coisa que fiz ao entrar no prédio foi ir direto para a sala da vice-presidência. Entrei sem bater, atrapalhando o papo animado que ele estava tendo com Christopher e Christian. Os três riam como se fossem amigos de longa data.

— Bom dia, maninha! O Christopher me disse que vocês ouviram o coração do bebê, deve ter sido incrível. — sorriu.

— E temos que ressaltar o quanto essa mamãe está cada vez mais bonita! — Christian veio até mim e me abraçou de lado.

— Obrigada, Chris. — sorri. — Depois eu mostro a gravação da ultrassom pra vocês. Agora, eu posso falar com você, Alfonso?

— Tudo o que quiser dizer, pode dizer na frente dos meus amigos. — ele disse convencido e os três me olharam atentos.

— Ok. E então, como se sente sendo um completo idiota? — alterei meu tom de voz. O sorriso no rosto do meu irmão morreu e eu vi Christopher soltar uma risadinha pelo nariz, enquanto Christian cobria sua boca com uma das mãos.

— Er... o que? — Alfonso indagou.

— Você sabe o que eu tive que ouvir essa semana? Eles acham que estamos desviando dinheiro da empresa para lucrar-mos mais! E eles apontam você como o principal culpado! Aí você me aparece com uma droga de um carro de luxo que eu nem lembro como se chama de tão raro que é! Você quer confirmar as histórias mentirosas deles?? VOCÊ ESTÁ QUERENDO QUE EU FIQUE LOUCA??? — gritei a última frase.

— Dulce, por que não se senta? — Christopher ficou de pé e me ofereceu sua cadeira, com preocupação no olhar.

— Eu estou bem. — falei.

— Não é saudável você se irritar dessa forma. — insistiu.

— Eu disse que estou bem! — eu disse com firmeza e ele assentiu devagar.

— Concordo com o Christopher, eu não quero que você coloque o meu sobrinho em risco. — falou Alfonso.

— A única pessoa em risco aqui é você, ou acha que a polícia vai desistir de te colocar na cadeia? — alfinetei.

— Não acho. Eles até marcaram minha primeira audiência. Fui informado pela minha secretária assim que cheguei. Creio que você também seja convocada.

— Mas que porra... — respirei fundo.

— Sobre o carro, talvez sejam meus últimos dias livres e faz anos que eu não dirijo os meus bebês. É minha última oportunidade, então para de pegar no meu pé.

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