32º

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Dulce

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Dulce

Como era de costume, eu acordei assim que o sol nasceu. Levantei da cama com cuidado para não acordar o Christopher e desci até a cozinha para supervisionar o café da manhã que Rosa estava preparando.

Depois de ver que tudo estava em ordem, eu voltei para o quarto e tentei acordar Christopher sutilmente, o cutucando de leve.

— Mais cinco minutos. — resmungou.

— Já está quase na hora do café, acorde.

— Não, vem pra cá você também. — ele puxou meu braço e eu praticamente fui arremessada na cama.

— Christopher! — tentei me levantar, mas ele me abraçou e me apertou contra si. — A gente tem que se arrumar e ir trabalhar!

— Daqui a cinco minutos. — insistiu.

— Ok, chega. Levante, isso é uma ordem! — falei num tom mais grosso. Ele me largou e sentou na cama, me encarando. — Agora que chamei a sua atenção, será que a gente pode se arrumar e tomar café da manhã juntos? — voltei ao meu tom doce.

— Você é esperta demais. — riu. Ele levantou e calçou seus chinelos.

— Achei que não tivesse medo de mim. — sorri de canto.

— E não tenho, mas toda vez que escuto essa sua voz de comandante, automaticamente eu sinto a obrigação de te dar tudo o que eu tenho. É mais forte do que eu. — deu de ombros.

Nós descemos para o café da manhã e depois, seguimos até a garagem.

— Vamos no seu carro ou no meu? — perguntei.

— Posso pedir uma coisa incomum? — ele sorriu ansioso.

— Pode.

— Deixa eu dirigir aquela Mercedes preta, por favor! — implorou apontando para um dos carros do meu pai.

— Bem... eu não sei se a gente devia. Imagina o que todos vão achar quando chegarmos lá num carro desses.

— Pois é, imagina! — ele disse como se isso fosse a melhor coisa do mundo.

— Se isso vai fazer você se sentir bem, por que não? — sorri de lado.

— Ótimo! — comemorou.

— As chaves devem estar aqui em algum lugar. — tateei por baixo do capô e encontrei. — Achei. — entreguei na mão dele.

— Ai meu Deus, ai meu Deus! — murmurou destravando.

Nós dois entramos no carro e antes de dar a partida, ele observou todo o painel, totalmente encantado com a luxuosidade.

Quando o primeiro ronco soou, Christopher riu como uma criança que acabara de ganhar o melhor brinquedo da loja.

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