31º

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Christopher

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Christopher

Tentei chegar lá da maneira mais normal possível, pra que o clima não pesasse e não ficasse estranho, já que não tinha nem uma semana que nós dois começamos a sair e já estávamos morando juntos, mesmo que por pouco tempo.

O caseiro já estava à minha espera e depois de se apresentar como Armando, ele abriu a garagem subterrânea para que eu guardasse o meu carro.

Assim que saí do meu carro e observei aquela garagem, meu queixo caiu. Contei pelo menos 15 carros de luxo. Era estranho Dulce ter tantos carros e só usar um.

Depois de pegar minhas malas, o caseiro me levou até a parte interna da casa, por uma escada que levava até uma porta da cozinha.
Uma senhora estava terminando de cozinhar o jantar.

— Senhor Uckermann, essa é a cozinheira, Rosa. E Rosa, esse é o amigo da senhorita Saviñon que passará um tempo aqui. — Armando nos apresentou formalmente.

— É um prazer, senhor Uckermann. Espero que goste de estrogonofe de cogumelos. — ela sorriu.

— Na verdade, eu nunca provei, mas o cheiro está excelente. — ela pareceu muito satisfeita com a minha aprovação, como se ansiasse por aquilo.

— Bom, a senhorita Saviñon deve estar esperando na sala de jantar. — Armando acenou para que eu continuasse o seguindo.

E lá estava ela, concentrada em seu laptop, usando óculos, vestindo uma calça de moletom e uma camiseta de pijama. Descalço, com o cabelo desgrenhado num coque e totalmente sem se importar com a postura que tinha ao estar sentada. Essa era a Dulce que eu amava ver.

— Christopher! Que bom que chegou. — ela sorriu e fez sinal para que eu sentasse ao seu lado. — Armando, Rodolfo já foi embora, será que você poderia levar as malas do Christopher para o meu quarto?

— Sim, senhorita. — ele pegou as malas e se dirigiu até a sala de estar, onde ficava a escadaria.

— Rodolfo é o meu mordomo. Você vai conhecê-lo amanhã, junto com os outros empregados.

— Quantos empregados você tem? — eu estava impressionado e curioso.

— Ah... — ela pareceu pensar. — Contando com a empresa, uns trezentos. — riu. — Mas aqui em casa são só nove.

— Meu Deus, por que uma mulher precisa de tanta gente cuidando da casa dela? Você mora sozinha. — falei como se fosse óbvio.

— Eu tenho um caseiro, uma cozinheira especialista em pratos veganos, uma governanta, um mordomo, três faxineiras, um jardineiro e um motorista que atualmente está de férias. — suspirou. — Pra mim parece necessário. Além disso, eles trabalham aqui desde que meus pais e meu irmão moravam comigo. Não tive coragem de demiti-los.

— Você sempre teve um bom coração, só o escondia embaixo de uma tonelada de pedras.
— a abracei de lado e beijei sua bochecha, fazendo seus óculos entortarem um pouco. — Não sabia que usava óculos. — eu disse os ajeitando.

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