36º

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Christopher

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Christopher

— Primeiramente, eu gostaria de parabenizar todos os meus colegas de trabalho pelas excelentes apresentações. — os ouvintes me olharam com estranheza por essa ser a primeira frase da minha palestra, mas aplaudiram mesmo assim. — Conseguiram idealizar muito bem todas as partes técnicas e peças necessárias que fazem uma propaganda ser uma boa propaganda. Confesso que acho tudo isso muito admirável. — eu tentava ser o mais claro possível e mantinha a minha dicção concentrada. — Nós todos estudamos muito pra estarmos em nossas atuais posições, pra conseguirmos mostrar o que há de melhor na nossa criatividade. Porém, meus amigos, esse não é o ingrediente principal na publicidade. Não estou dizendo que não devem treinar o cérebro de vocês, pelo contrário, os estudos sobre a sociedade e tudo o que a envolve devem ser constantes. Mas essa não é a chave.

— Está dizendo que não devemos passar nossas noites em claro, nos dedicando à um projeto, Uckermann? — Henri gritou em meio a todos, olhando em direção à Dulce, que franziu a testa como se não entendesse suas intenções.

— Se está falando sobre a política da nossa empresa, Cortez, pode ter certeza que para a Saviñon's Publicity, o bem estar dos de dentro é tão importante quanto a aprovação dos de fora. — dei uma piscadela em direção à Dulce e ela sorriu satisfeita. — Mas essa não é a questão. De que adiantaria virar noites em claro montando um projeto sem amar tudo aquilo? Como conseguir dar magia e vida a algo que não se ama? E essa é a chave. A chave em todas as carreiras, eu diria. Olhar para o mundo com mais amor é também entender as necessidades dele de forma mais clara, tornando-as reais em publicidades que fazem o público sentir a essência do que está sendo apresentado, surgindo dentro de si a vontade de possuir o que se vê.

Continuei com slides, falando e mostrando todas as melhores propagandas que pude selecionar, usando-as como exemplo de minhas palavras.

Muitas de décadas diferentes, pra que eu pudesse mostrar como a publicidade se adequava às novas eras, exaltando a necessidade do publicitário de se reinventar e se adequar às novas gerações.

Pela expressão atenta de todos, eu diria que estava me saindo melhor do que a maioria e tinha grandes chances de ser escolhido como o favorito para representar a empresa.

— Creio que o ramo da publicidade seja aquele que mais liga o profissional ao cliente. Foi nessa área que eu aprendi a olhar melhor para as pessoas, entender as suas necessidades e enxergar além das aparências. — na última frase, olhei em direção da Dulce. — Esse é um trabalho feito para pessoas que possuem humanidade, que possuem empatia... e amor.

Todos ficaram de pé e aplaudiram animadamente após a minha finalização.
Suspirei aliviado por ter conseguido ser firme até a minha última palavra.

Depois de agradecer pela atenção, eu saí do palco e fui em direção à Dulce, mas antes que me aproximasse, Bernardo correu até mim e me abraçou muito apertado.

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