74º

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Dulce

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Dulce

Sempre que eu precisava fugir das minhas emoções ruins, eu corria para os braços de Christopher. Mas eu não o tinha agora, não podia contar com ele sob nenhuma hipótese. Então, eu recorri ao Henri.

Ele era muito carinhoso, tentava manter um assunto saudável para que eu não pensasse sobre as pressões psicológicas que eu estava sofrendo. E acima de tudo, eu tinha total apoio dele sobre não entregar as minhas ações.

Ele levou seu material até a minha sala e trabalhou ao meu lado, para ter certeza de que eu não me sentiria sozinha.

— É muito difícil me concentrar quando tenho essa visão do paraíso na minha frente. — ele me olhou completamente bobo.

— Ah, para... — senti minhas bochechas corarem.

— Você é perfeita.

— E você é um anjo. — meu telefone tocou e eu o apoiei contra o meu ouvido. — Sim, Annie?

— Dulce, seu irmão está na sala de reuniões com Allan Morgan. Eles a aguardam.

— E ele chamou o Allan aqui sem me consultar? — me irritei. — Diga ao Alfonso que isso não vai acontecer.

— Ele previu que você diria isso e mandou que eu dissesse que os diretores estão dispostos a colocar todos os funcionários contra a sua decisão.

— Merda... — resmunguei. — Eu já estou indo. — desliguei o celular e coloquei as mãos sobre a cabeça.

— O que foi? — Henri perguntou.

— Eu estou perdida. Alfonso vai me obrigar a entregar tudo de mão beijada pra aquele idiota!

— Essa é uma decisão sua.

— Eu sei... mas eu não quero que os meus funcionários percam o emprego. Eu sou rica, tenho um nome. Eles não. Eles precisam disso mais do que eu.

— Dulce...

— Tudo bem. — o interrompi. — Meu irmão me colocou num beco sem saída, não tenho outra alternativa.

— Boa sorte. — ele veio até mim e me deu um beijo carinhoso.

— Obrigada. — sorri.

Fui até a sala de reuniões e travei com a mão sobre a maçaneta pensando se deveria mesmo entrar ali e acabar com tudo o que eu construí.

— Dulce? — a voz de Christopher ecoou em meus ouvidos.

— Ah, oi.

— Você está bem? Parece meio perdida.

— Estou prestes a perder tudo, na verdade.

— Espera, eu acabei de esbarrar na Catarina... então... não, você não vai fazer isso. — falou com preocupação.

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