72º

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Dulce

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Dulce

Aquele dia estava bem estressante e Christopher não colaborava. Por que tudo tinha que ser sobre ele? Não bastava simplesmente aceitar que eu estava tentando seguir com a minha vida?

Além de tudo isso, Alfonso entrou em desespero quando eu disse que todos os nossos bens seriam bloqueados. Claro, ele havia perdido toda a sua parte da fortuna e a única renda que tinha era como vice-presidente na Saviñon's. Acalmar o meu irmão não vai ser uma tarefa fácil.

Já na minha sala com o Henri, nós conversamos sobre os possíveis cargos onde ele podia atuar, descartando totalmente qualquer vaga no setor do Christopher.

E finalmente achamos algo no mesmo patamar de quando ele trabalhou aqui antes. Henri pareceu satisfeito.

— Tudo bem pra você? — perguntei.

— Sim, está ótimo. — sorriu. — Você parece um pouco triste hoje. Aconteceu alguma coisa?

— Lembra do processo de adoção? O juiz arquivou e ainda retirou a guarda provisória. O Bernardo vai ter que voltar pro orfanato.

— Ai, meu Deus, isso é horrível! — me olhou com compaixão.

— Eu só preciso distrair a minha cabeça.

— Tá com muito trabalho hoje?

— Não, por que?

— Quer sair? Eu tenho que te mostrar uma coisa.

— Pode ser.

Logo, nós saímos da empresa e ele me levou em seu carro até um condomínio de classe média. Deduzi que aquela era sua casa, mas não questionaria as suas intenções até que ele as dissesse.

Quando entramos, eu pude sentir um cheiro puro de limpeza, não um cheiro de produto químico, mas como cheiro de álcool em gel, como se o ambiente tivesse sido totalmente esterilizado.

— Você pode tirar seus sapatos e deixar no tapete da entrada? — falou enquanto retirava os seus, deixando ao lado da porta.

— Ah, claro. — Fiz o mesmo que ele.

— Não me leve a mal, eu não sou um "maluco da limpeza", só preciso manter a casa o mais livre de bactérias possível por causa da minha mãe.

— E ela está?

— Sim. Eu pago uma enfermeira pra cuidar dela enquanto trabalho. Trouxe você aqui pra conhecê-la.

— Isso vai ser ótimo, de verdade. — sorri.

— Vem comigo. — ele me estendeu sua mão e eu a segurei.

Henri me guiou até o que parecia ser o quarto principal da casa. Do lado de fora, eu pude ouvir o barulho da tv ligada. Ele bateu duas vezes na porta, que foi atendida pela enfermeira.

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