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Dulce

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Dulce

Entrei em pânico ao ouvir a voz de Henri. Não gostaria de imaginar a reação dele ao me ver desse jeito com o Christopher um dia depois do incidente em que eu falei o nome dele num momento inoportuno.

Assim que Christopher foi para debaixo da cama, Henri abriu a porta do meu quarto e franziu a testa ao me ver.

— Você deixou a porta aberta e eu não vi problema em entrar... Por que está de sutiã? — perguntou.

— Ora essa, eu ia tomar banho. — menti.

— Ah. E como foi a ultrassonografia? Descobriu o sexo?

— Sim, é uma menina. — eu tentava conter o meu nervosismo, mas parecia que eu iria explodir. — Marie Christina, decidimos no consultório.

— "Christina"? Meio egocêntrico da parte do Christopher querer colocar o nome dele na filha. — ouvi um resmungo vindo debaixo da cama e soltei uma gargalhada alta e exagerada, que fez Henri me olhar confuso.

— Engraçado porque fui eu que decidi isso. — respirei fundo. — E é o mesmo nome da mãe do Christopher.

— Ok... — ele ainda me olhava com estranheza. — Também vim aqui pra conversar com você. Como a gente fica? Você me chateou falando o nome do Christopher num momento não muito propício, mas eu ainda quero considerar. Você é importante pra mim.

Mas que droga! Agora eu me sentia uma completa idiota! Ok, eu queria ficar com o Christopher, mas custava terminar com o Henri antes?

— Meu Deus... — escondi meu rosto entre minhas mãos.

— O que foi? — ele sentou ao meu lado.

— É que isso não é justo. Você é super legal e eu acho incrível a forma como você cuida de mim, mas...

— E lá vamos nós... — suspirou. — Vai terminar comigo, não é?

— Eu juro que eu tentei me apaixonar por você, mas não deu. E eu não quero continuar fingindo que isso vai dar certo. — ele apenas assentiu. — Obrigada por todas as coisas que você me mostrou, eu aprendi a enxergar os detalhes mais simples com você, eu nunca vou esquecer isso. — coloquei minha mão sobre o seu ombro. — Eu sinto muito, muito mesmo.

— Tudo bem, eu meio que já imaginava que seria assim. Eu só te peço uma coisa. Eu não quero que você seja infeliz, então fica com o Christopher. Faz o nosso término valer de algo. — eu não disse nada, só o puxei para um abraço que durou alguns segundos. — Você não deveria me abraçar enquanto está de sutiã. — disse depois de me soltar. — Por Deus, mulher, você é minha chefe! — rimos.

— Eu sinto muito. — eu sentia remorço por estar escondendo o Christopher praticamente debaixo do nariz do Henri.

— E eu já entendi. — sorriu. — Melhor eu ir agora. Boa sorte. — beijou minha testa. — E relaxa, eu tranco a porta da frente e jogo a chave por debaixo pra você não ter que descer.

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