59º

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Christopher

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Christopher

Havia sido o pior momento da minha vida depois do falecimento da minha avó. Achei que finalmente poderia ter a família que sempre almejei, mas tudo se foi, se dissipou...

Fiquei parado no meu carro por uns dez minutos, ainda com a cena dela chorando e implorando para que eu ficasse em minha mente.

As lágrimas começaram a descer e eu entrei num colapso de choro, que parecia que não ia cessar. Quando finalmente enxuguei minhas lágrimas, eu comecei a dirigir para longe dali.

Chegando no apartamento de Annie, eu fui atendido por Christian, que depois de olhar para o estado da minha face, apenas me deu um abraço apertado, sem precisar me perguntar nada.

E ainda abraçado com ele, meus olhos voltaram a encher e eu solucei com a cabeça sobre o ombro do meu amigo.

— Desculpe por isso... — falei me afastando e tentando me recompor.

— Christopher, não tem que se desculpar. Você não está bem e precisa de apoio.

— Obrigado.

— Christopher? — Anahi apareceu e correu até mim, me abraçando. — Como você se sente? — perguntou preocupada.

— Vazio. — disse apenas.

— Ah, querido, eu sinto tanto por isso... — acariciou o meu rosto.

— Será que a gente pode tentar não falar sobre tudo isso? — falei.

— Claro, como quiser. Vem cá, eu vou te preparar algo pra comer. — ela segurou minha mão e me levou até a cozinha.

Os dois atenderam o meu pedido e não falaram sobre relacionamentos ou sobre a Dulce. Foi só uma noite tranquila de três amigos conversando sobre o trabalho ou sobre o que faríamos nas férias de verão.

Após o jantar, ficamos assistindo filmes até tarde da noite. Christian e Annie dormiram ali mesmo. Ele no outro sofá e ela deitada em meu colo. Já eu, não conseguia nem pensar em dormir.

O celular de Anahi começou a tocar e para não acorda-la, eu mesmo resolvi atender. Apertei no verde e coloquei o celular sobre minha orelha.

— Annie, graças a Deus você atendeu! — travei quando ouvi a voz de Dulce do outro lado. — É a Dulce. Me escuta, aconteceu uma coisa e eu preciso de ajuda. Bem... eu tô presa e preciso que você me traga trezentos dólares pra fiança. Depois eu te pago com juros, prometo! Ah, e você vai ter que me levar pra casa também, eles apreenderam o meu carro. E eu estou com a Angelique, a psicóloga. Me diz que você vem, por favor! — ela soltou tudo aquilo bem rápido, sem nem esperar uma resposta. Eu simplesmente não sabia o que dizer.

— ...O que? — indaguei.

— Ai, meu Deus... — ouvi ela sussurrar. — Christopher...?

— Sim...

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