49º

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Dulce

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Dulce

Depois do expediente, eu fui direto para casa. Queria conversar com a minha mãe antes que Christopher retornasse a morar comigo.

Assim que cheguei, a avistei com uma bolsa em mãos, parecendo estar prestes a sair.

— Vai a algum lugar? — perguntei.

— Vou jantar com um amigo.

— Amigo? — sorri.

— Nem vem, é só um amigo. — riu.

— São os primeiros passos. — falei divertida.

— Não seja chata! — bagunçou meus cabelos.

— Antes de você ir, a gente pode conversar?

— Sim, mas por favor, seja rápida. Não quero me atrasar.

— Ok... eu vou adotar o Bernardo. — eu disse rapidamente.

— O que!? — arqueou as sobrancelhas em sinal de surpresa.

— Pois é... eu e Christopher vamos adota-lo, na verdade. — ela olhava pra mim estática, sem dizer uma só palavra. — E ele vai voltar a morar aqui. — continuou em silêncio. — Mas pra isso, você vai ter que sair. — disse a última frase sem jeito.

— O que!? — repetiu num tom mais alto.

— Mãe, você tem que entender. Não vai pegar bem se a assistente social ver que eu e ele não moramos juntos. E a convivência entre vocês dois não é legal, você sabe.

— Não vou sair da minha casa por causa do Christopher! — falou com firmeza. — Você deve estar louca se pensa que isso vai acontecer!

— Por favor, só me ouve. — eu peguei em sua mão e nós duas sentamos no sofá. — Eu quero muito fazer isso. Eu amo o Bernardo e sinto que a minha vida fica completa com ele. E também amo o Christopher. Quero que nós três sejamos uma família.

— Dulce... ter um filho é uma decisão muito séria. Você vai ter responsabilidades com essa criança até que ela faça 18 anos. E depois, vai passar cada noite preocupando-se com a felicidade dela, frustrando-se por não estar mais no controle da situação. Sente que está pronta pra cuidar de outro ser humano?

— Sim. Eu preciso dele e ele de mim. — ela desviou o olhar e assentiu.

— E será que eu não posso estar incluída nessa família? — perguntou de forma calma.

— A gente tentou, não foi? — sorri fraco. — Se você não tratar o Christopher bem, não vai dar certo.

— E onde eu iria morar?

— No apartamento dele.

— Sério? — riu com deboche. — Olha pra mim, eu sou uma mulher de mansões.

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