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Christopher

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Christopher

Foi convocada uma reunião de emergência logo cedo pela manhã. Os diretores não paravam de falar e reclamar sobre como a empresa estava indo de mal a pior. E realmente, desde o momento em que pisei no prédio, vi as pessoas correndo pra lá e pra cá com um olhar desesperado no rosto. Parecia que estávamos numa terrível anarquia.

— Vocês viram a bolsa de valores esta manhã? Nossas ações caíram muito! Isso nunca aconteceu antes! — um deles disse.

E enquanto eles reclamavam e culpavam os Saviñon's por todas as misérias do mundo, eu continuava em silêncio, tentando me manter são no meio daquela loucura.

Quando Dulce e Alfonso entraram na sala, todos ficaram em silêncio. O rosto dos irmãos não era nada bom.

— Bom dia. — Dulce começou. — Devo imaginar que todos já tenham visto a bolsa de valores. Pois é... estamos indo de mal a pior... — suspirou pesadamente. — Eu... não sei o que dizer. — vê-la tão abalada me deixava totalmente destruído.

— Eu acho que o melhor agora é nós deixarmos tudo claro para os senhores. — Alfonso abraçou Dulce de lado. — Vamos perder todo o nosso dinheiro. A justiça pretende bloquear qualquer coisa desta terra que pertença aos Saviñon's.

— O que? E os nossos empregos? — um dos diretores falou.

— Da minha parte, não terão que se preocupar. Passarei a minha parte da empresa para Allan Morgan, para me proteger. Porém, a maior parte das ações é da Dulce e a menos que ela também faça isso, nós teremos que entregar tudo de qualquer jeito.

— Espera... — eu disse. — Me diz que isso é brincadeira e que vocês não estão pensando em confiar nos Morgan's.

— Eu não! — Dulce se defendeu. — Eu não sei o que o meu irmão pretende falando sobre isso pra vocês, mas está fora de cogitação. Dê sua parte se quiser, mas a minha continuará comigo.

— Eu quero deixar as coisas mais claras para a minha irmã e espero que vocês me ajudem. Se a justiça se apossar da Saviñon's, a empresa vai ser fechada e todo mundo vai pra rua. Se passarmos para outra pessoa, tudo continuará indo em frente. Eu tenho certeza que a minha irmã não quer ser responsável por centenas de desempregados. — Dulce olhou para ele como quem quisesse chorar.

— Isso é muito arriscado. E se os Morgan's não quiserem devolver a empresa? E se mudarem nossas diretrizes, como fica nossa liberdade? — eu disse.

— É melhor mudar as regras do que perder o emprego. — outra diretora falou. — Nenhum de nós quer ir pra rua. A senhorita é responsável por proteger a dignidade física e moral dos seus funcionários.

— Ok, faremos isso democraticamente. — proferiu Alfonso. — Quem aqui é a favor de passar todas as nossas ações para Allan Morgan afim de proteger a empresa e todos que nela trabalham? — todos, menos eu, levantaram suas mãos em concordância.

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