56º

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Dulce

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Dulce

Cheguei em casa morta de cansaço e tudo o que eu desejava era tomar um banho quente, comer algo e ir dormir. Mas assim que pisei na sala, ouvi risadas se aproximando.

Christopher e Bernardo pareciam muito felizes. Estavam suados, usando os pés para passarem a bola um para o outro enquanto riam.

Fiquei apenas observando até que Bernardo chutou forte demais e acabou acertando um dos meus vasos italianos, que se espatifou no chão.

Os dois mudaram suas expressões para pânico instantâneo e me encararam como se esperassem uma bronca.

— Agora eu sei porque a minha mãe surtava quando eu corria pela casa com o Alfonso. — falei.

— Não tá brava? — Bernardo perguntou.

— É só um vaso. — dei de ombros. — Vem me dar um abraço que eu estava com saudade! — abri meus braços e ele correu até mim, me apertando de volta. — Agora, vai se arrumar pro jantar.

— Está bem. — falou. Beijei sua testa e ele saiu correndo.

— Tudo bem mesmo ter quebrado o vaso? — Christopher perguntou.

— Não. Custou dois mil, eu tô surtando. — falei num tom quase calmo, com um sorriso nervoso.

— Olha só, parece que a maternidade te mudou. Dulce Maria controlando a irritação? Uau! — deu risada.

— É, mas é só com o Bernardo. — deixei claro.

— Toda nervosinha. — ele veio até mim, enlaçou minha cintura e me beijou por alguns segundos. — Desculpa eu tô suado. — falou se afastando.

— Shhh... — o trouxe para perto novamente e tornei a unir nossos lábios. — Você é delicioso de qualquer jeito. — sorri de lado.

— Hm, que bom saber. — acariciou meu rosto. — Será que eu posso te pedir uma coisa? — me deu um selinho.

— O que você quiser.

— Será que... sei lá... você pode pegar leve com a Fuzz no sábado? — antes que eu respondesse, ele segurou meu rosto e me beijou demoradamente. E quando me soltou, me olhou esperançoso.

— Ah... o que...? — se a intenção dele era me deixar atordoada, ele conseguiu.

— Nada demais, não acha? Só pedi pra você ser legal com a minha assistente. — disse com calma.

— Tá brincando? — dei um passo pra trás. — Querido, eu sinto muito, mas não vou te prometer nada. — dei risada.

— Dulce, ela não te fez nada! Para com isso! — agora ele parecia irritado.

— Para você de me dizer o que fazer. Agora eu vou tomar um banho e relaxar. — joguei um beijinho no ar para ele e fui em direção às escadas.

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