50°

2.1K 151 77
                                    

Christopher

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Christopher

Anahi ficou quase meia hora dando várias explicações para Fuzz, que parecia entender tudo com muita facilidade.

Quando já estava se sentindo preparada, Anahi foi embora e eu me vi a sós com a minha nova assistente.

— Então, Fuzz... que nome diferente. — eu disse.

— Na verdade, meu nome é Fernanda, Fuzz é apelido. — sorriu.

— Entendi. — sorri de volta. — O que você fazia antes de vir trabalhar aqui?

— Eu estudo publicidade, o trabalho é pra ajudar a pagar a mensalidade.

— Bem que eu achei você muito jovem.

— Nem tanto, eu tenho 20 anos e só agora consegui entrar no curso.

— Bom, eu tenho 30 e terminei recentemente. — ri.

— E já é chefe do setor de produção? — franziu a testa.

— Pois é... muita coisa aconteceu aqui dentro.
— voltei a sentar na minha cadeira. — Acho que nós já podemos começar a trabalhar. — falei com gentileza e ela sorriu para mim.

O dia foi agradável e ela estava realmente deixando as minhas tarefas bem mais fáceis de serem realizadas. Fuzz se mostrava disposta a ajudar e era muito inteligente.

E além de ser uma ótima profissional, ela também conseguia manter uma conversa agradável, com assuntos variados e que prendiam a minha atenção. Era uma pessoa cheia de luz.

A semana começou a passar e eu ficava cada vez mais amigo dela, até mesmo já permitia que ela me chamasse pelo meu primeiro nome.
E quando me dei conta, ela já me pedia conselhos sobre sua vida pessoal, se mostrando totalmente aberta a me ouvir caso eu também precisasse desabafar.

E apesar de perceber que minha relação com a Dulce esfriava cada vez mais, eu não queria falar disso com ninguém. Queria lidar com tudo isso entre mim e a minha namorada, que agora parecia bem mais centrada em encontrar o irmão fugitivo do que ter uma conversa de travesseiro comigo antes de dormir.

Quando chegou o final de semana, eu decidi sair cedo e ir até o orfanato, torcendo pra que Bernardo estivesse acordado pra me animar um pouco.

Assim que coloquei meus pés na sala de estar, ouvi a risada doce dele enquanto brincava com o carro que Dulce havia lhe dado de presente.
Mas ele não estava sozinho.

Um misto de estranheza e confusão embaralhou a minha cabeça quando eu vi Mary sentada no sofá, observando e incentivando o Bernardo a continuar brincando.

— Papai!! — o menino saiu de dentro do carro e correu para me abraçar.

— Er... oi? — franzi a testa olhando para a pequena criaturinha que acabara de me chamar de "pai".

Dona de Mim Onde histórias criam vida. Descubra agora