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Dulce

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Dulce

Depois de uma reunião de negócios longa e cansativa, resolvi passar na cafeteria antes de voltar para a minha sala. Não era algo que eu costumava fazer, geralmente pedia pra que a Anahí me trouxesse tudo o que precisava, mas já que eu estava aqui, que mal há?

Entrei na cafeteria e as conversas entre os funcionários tiveram um fim instantâneo e como de costume, todos me encararam com estranheza.

— Parem de olhar pra mim! — ordenei irritada e automaticamente, eles desviaram o olhar.

Andei até me aproximar da máquina de café, havia uma garota em minha frente e ela se virou tão bruscamente que acabou esbarrando e derramado o café quente na minha roupa.

Ergui os braços e apertei os olhos sentindo minha pele queimar. O silêncio se instalou pesando ainda mais no local e nem mesmo as respirações eram ouvidas. Respirei fundo e encarei a garota que me olhava amedrontada.

— Sua idiota! — berrei. — Não olha por onde anda??

— Ah... eu... — gaguejou. Notei o crachá com a palavra "estagiária" na blusa dela.

— Tinha que ser uma incompetente mesmo! A gente abre portas pra que esses pobres coitados aprendam a trabalhar e no final, não sabem nem segurar um café direito! — eu falava num tom alto e agressivo. — Esse vestido custou mais do que você vai ganhar a sua vida inteira! Nem que trabalhasse vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, conseguiria pagar o prejuízo que me deu! Garota imprestável!

— Não precisa tratar a garota dessa forma! — Christopher se colocou entre mim e ela.

— E quem disse que você podia se meter? — o repreendi.

— A senhorita deveria se acalmar, deve ter se queimado com o café quente e é bom que cuide disso rápido. — falou de forma despreocupada. Era incrível a capacidade dele de me irritar com apenas algumas palavras.

— Sim, me queimei por causa de uma garota estúpida que mais parece ser cega! Agora sai da minha frente e não se mete! — ordenei.

— A senhorita vai ter que me desculpar, mas isso é muito mais do que uma questão de trabalho. Foi apenas um acidente, poderia ter acontecido com qualquer um.

— Está tentando me acalmar, ou me irritar ainda mais, Uckermann?? — me aproximei o encarando.

— Estou tentando fazer com que a senhorita não seja injusta com uma pessoa que não lhe fez nada demais. — ele disse um pouco baixo, como se quisesse que apenas eu ouvisse.

— Não cometa o erro de me contrariar.

— Longe de mim... só estou sendo justo. — sorriu de lado.

Me afastei alguns passos sem tirar meus olhos dos dele. Ele parecia se divertir em me ver brava, mas também tentava esconder isso.

— Tem sorte de eu estar de bom humor, garota! Se não, à essa hora, você estaria esfregando o chão dos banheiros com uma escova de dentes! — declarei. Ela abaixou a cabeça constrangida.

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