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Christopher

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Christopher

Como prometido, cheguei até o tribunal bem cedo pela manhã. A audiência seria fechada e eu não sabia se Dulce iria querer a minha companhia.

Fiquei esperando na entrada do local e não demorou muito até que eu a visse chegar.

— Oi, bom dia. — eu disse quando ela se aproximou.

— Mal dia. Eu conversei com a assistente social e ela disse que não podia me dar detalhes, mas que eu me preparasse pra qualquer surpresa. — sua respiração estava descompassada e era claro o seu nervosismo.

— Calma, não vamos pensar negativo agora. Nada de ruim aconteceu.

— Ainda. — afirmou.

— Dulce, o Bernardo já é seu, ok? Não importa o que um juiz diga.

— Mas é esse juiz que decide se ele vai ficar comigo ou não. Você já deu conselhos melhores. — ela ainda iria continuar nessa de me atacar?

— Eu posso assistir pelo menos?

— Foi pra isso que eu te chamei, não é? — ela passou por mim e começou a andar até a sala onde a adoção seria julgada enquanto eu a acompanhava.

— Por quanto tempo eu vou levar patadas? — perguntei.

— Sério? Quer falar sobre você agora? — revirou os olhos.

— Eu só queria que você deixasse isso de lado pelo menos por hoje. Esse dia não é sobre mim, Dulce. Não descarregue suas energias em mim. — ela deu um longo suspiro e se manteve em silêncio.

Nós entramos no local e tudo aquilo começou. Fiquei sentado ao lado de Dulce numa sala com um juiz, a assistente social e mais dois agentes de justiça.

O juiz começou a falar sobre o caso de adoção, detalhando todas as fases, desde o momento em que Dulce deu entrada no pedido.

— A senhorita iria adotar o menino junto com Christopher Uckermann, correto? — ele perguntou.

— Sim, ele é o Christopher. — apontou para mim.

— Que bom que está aqui, assim eu posso perguntar diretamente ao senhor. Por que saiu do processo de adoção?

— Porque eu e Dulce terminamos e não achamos conveniente fazer isso juntos.

— Desistiu do menino tão fácil?

— Eu não desisti, meritíssimo. Continuo vendo o Bernardo e ele continua me chamando de pai. Meu nome só não está nos papéis.

— Ok, vejamos... a senhorita Dulce está passando por um processo criminal, confirma?

— Sim... — Dulce falou relutante.

— É uma acusação muito grave... — ele começou a ler os documentos que tinha em mãos com uma cara não muito boa. — Acha que seria conveniente darmos a guarda de uma criança para uma pessoa que está sendo investigada?

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