21º

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Christopher

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Christopher

Apesar do descaramento de Catarina na academia, consegui convencer Maitê de que entre eu e ela já não havia mais nada e aquela cena foi apenas para me provocar.

Acabei não comentando sobre Dulce, que vi aos risos com Catarina. Provavelmente, as duas se divertiram com a situação. Eram exatamente da mesma laia.

Na segunda-feira, perto do horário do almoço, eu estava ocupado em minha sala quando Christian e Maitê entraram sem bater. Os dois pareciam aflitos.

— Algum problema? — perguntei.

— Senhorita Saviñon mandou cortar as verbas de alguns projetos e os da Maitê foram incluídos.

— Você não sabe o ódio que eu estou! — ela esbravejou. — São projetos grandes e eu precisaria de cada centavo fornecido! — falou em desespero.

— Calma. — levantei e segurei suas mãos. — Você pode pedir uma reavaliação do seu caso no conselho e pode ser que a verba seja reavida.

— Já fiz isso, mas pode demorar! Eu tenho um prazo pra terminar os meus projetos! O que ela quer agora? Arrancar a nossa sanidade mental? Eu deveria dizer umas verdades! — fez menção de sair, mas eu segurei seu braço.

— Opa, não. — eu disse. — Você sabe como as coisas funcionam quando se trata da Dulce.

— Pois é, May. Quanto mais você esperneia, mais errado você está. — Christian completou.

— E o que eu devo fazer? — ela choramingou.

— Manter a calma e ter paciência. — segurei seu rosto entre minhas mãos. — Eu prometo que nós vamos te apoiar e tentar de tudo junto com você. Não admito que você seja injustiçada. — pressionei meus lábios contra os dela, depositando um beijo rápido.

— Obrigada. — ela sorriu.

— E que tal se eu e Christian fôssemos falar com o conselho? Quanto mais gente os pressionando, mais rápido as coisas vão andar.

— Fariam isso por mim?

— Qualquer coisa por meus amigos. — Christian sorriu.

— Vamos lá.

Segurei a mão de May e nós saímos da minha sala. No meio do caminho, avistamos Dulce sair da sala dela, provavelmente indo almoçar.
Segurei firme a mão de May pra que ela não quisesse fazer nenhuma bobagem, mas mesmo assim não foi o suficiente.

— Eu preciso fazer isso. — ela disse, indo rápido em direção à Dulce.

— May! — a acompanhei.

— Qual o seu problema?? — falou parando na frente de Dulce antes que ela entrasse no elevador.

— Perdão? — Dulce franziu a testa.

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