24º

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Dulce

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Dulce

Não fazia ideia de que as coisas aconteceriam dessa forma esta noite. Imaginei diversas situações e em nenhuma delas eu estive aos beijos com Christopher na minha sala. De todo modo, confesso que adorei essa surpresa do destino.

É uma pena que ele tenha saído correndo atrás da Maitê. Esperei que mesmo com as minhas palavras o encorajando a ir, ele ficasse comigo.
Esperei que escolhesse à mim. Mas já que nem tudo seria como desejei, esperava que ele fosse feliz com ela se ao menos conseguisse o seu perdão.

No sábado pela manhã, eu saí bem cedo de casa e fui direto para o orfanato.

Vesti algo mais leve. Uma saia jeans, uma blusa branca com magas abertas e uma sandália bem simples. Esses eram os momentos em que eu me sentia muito mais eu mesma.

As portas do lugar estavam abertas e eu podia ver alguns voluntários brincando com as crianças. O orfanato estava bem decorado e os pequenos pareciam bem animados para o evento.

Entrei na casa procurando por algum rosto conhecido. E do outro lado da sala, Bernardo veio correndo e se atirou em meus braços.

O abracei forte e o ergui, o colocando no colo.

— Que bom que está aqui! — ele disse e depois depositou um beijo em minha bochecha.

— Como eu poderia não vir? Estava morrendo de vontade de te ver.

— Eu também, Dul. Senti sua falta. — sorri acariciando seu rostinho com uma de minhas mãos. — Vamos lá no campinho? Você tem que conhecer o tio Christopher, ele sempre vem aqui nos ensinar futebol. — pulou do meu colo, pegou em minha mão e começou a me arrastar até o lado de fora da casa.

— Espera, você disse "Christopher"? — quantos Christopher's existiam em L.A.?

— É, ele está bem ali!

Paramos no jardim, onde as crianças usavam um espaço para jogar. E de longe, na direção onde Bernardo apontava, lá estava ele. Com uma roupa de quem ia correr uma maratona, um apito no pescoço e uma bola debaixo do braço, enquanto dizia algo para as crianças.

Um sentimento de satisfação surgiu em mim ao vê-lo ali. Imaginava que ele fosse uma pessoa boa, mas não fazia ideia de que nossos caminhos fossem se cruzar dessa forma e nesse lugar. Além de tudo, fiquei nervosa com a ideia de falar com ele depois dos eventos da noite anterior, considerando que provavelmente ele havia feito as pazes com Maitê e eu seria jogada pra escanteio.

— Tio Christopher!! — Bernardo gritou, chamando a atenção dele.

Christopher olhou na minha direção e segurou uma expressão confusa ao me notar, mas logo abriu um sorriso sereno e gentil. Retribuí o sorriso e acenei de leve, ainda nervosa com sua presença.

— Muito bem, crianças. Que tal treinar um pouco antes do jogo começar? — ele disse, entregando a bola para os meninos. Depois, veio andando até mim, até parar na minha frente. — E então, Bernardo, não vai querer treinar também? — perguntou olhando para o garotinho que segurava minha mão.

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