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Dulce

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Dulce

Quando acordei, vi que já era noite e o cheiro de café morno foi a primeira coisa a invadir as minhas narinas. Automaticamente, o desejo de me inundar numa xícara de café se tornou presente. Desde a descoberta da gravidez, eu parei de beber, as únicas bebidas que faziam parte do meu dia a dia eram chá e suco natural.

Sendo guiada pelo doce aroma, eu fui até a cozinha, onde Christopher terminava de coar.

— Que horas são? — perguntei.

— Quase hora do jantar. E não se preocupe, eu fiz descafeinado pra você.

— Obrigada. — eu sorri. — Ficou mesmo aqui o dia todo, não é? — cocei meu braço.

— Hm... — ele me observou. — Você quer que eu vá embora?

— Eu não disse isso.

— Se quiser, eu vou. Entendo que a minha presença ainda não é totalmente agradável.

— Na verdade, é. — desviei o olhar. — Agradável até demais.

— Sendo assim, eu posso jantar com você? — ele foi logo colocando os pratos sobre a mesa da cozinha. — Eu fiz um ensopado maravilhoso, usei a minha melhor mistura de temperos.

— Isso foi muito gentil, mas eu ia jantar com o Henri hoje. — falei sem jeito.

— Ah, pois é. Ele esteve aqui a tarde, mas você estava dormindo.

— E ele não deixou nenhum recado?

— Não. A gente brigou e ele foi embora.

— Christopher... — o repreendi.

— Tá tudo bem, ele supera. — deu de ombros.

— Eu vou ligar pra ele.

Fui até a sala onde meu celular estava e liguei para o número de Henri.

— Oi, Dul! — ele disse ao atender.

— Oi, o Christopher me disse que você esteve aqui. Desculpe, eu estava dormindo.

— Não tem problema. Você só tem que melhorar a recepção da sua casa. O que ele estava fazendo aí?

— Ele está me fazendo companhia pra que eu não fique pensando tanto na prisão do meu irmão.

— "Está"? Ele ainda está aí? — pareceu se irritar.

— Bem... eu acabei de acordar, ele não queria me deixar sozinha.

— Mas você já vai mandar ele ir embora?

— Ele fez o jantar, então, eu acho que não seria legal mandar ele ir antes que ele comesse.

— Sério? Vai deixar ele aí? — pude ouvir ele bufar. — Quando você vai tirar esse cara da sua vida?

— Henri, ele é pai dos meus filhos. Eu não posso bloquear ele da minha vida. — relatei o óbvio.

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