55º

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Christopher

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Christopher

Estava sozinho em minha sala, quando a porta foi aberta e Dulce entrou. Ela cruzou os braços e me olhou da forma mais séria possível.

— Tudo bem? — perguntei.

— Não.

— Qual o problema?

— A sua assistente é o problema!

— Dulce, pelo amor de Deus... — revirei os olhos. — De novo com essa implicância?

Ela respirou fundo, tirou uma folha de papel de dentro do bolso de seu casaco, o abriu e colocou sobre a minha mesa. Era um desenho meu.

Franzi a testa totalmente confuso, mas a letra "F" usada como assinatura no fim da folha deixou tudo claro.

— Ela me desenhou?

— Sim. — Dulce me olhou como se esperasse que eu dissesse que ela estava coberta de razão.

— E daí? — indaguei despreocupado.

— Como assim "e daí?"? — berrou com indignação. — Ela está obcecada por você! Christopher, você não é tão tapado assim!

— Tudo tem uma explicação plausível. Nem todas as suas paranoias estão corretas.

— Ótimo! Agora eu sou paranóica! — ela esfregou o próprio rosto, irritada.

— Sabe o quanto é tedioso ficar sentado numa mesa de escritório o dia inteiro. As pessoas passam o tempo como podem. Você por exemplo, adora tomar umas doses de whisky que eu sei.

— Claro que não. — desviou o olhar.

— Dulce, você não é capaz de me esconder nada. — sorri fraco. — Enfim, um desenhista geralmente precisa ver o que ele vai desenhar. O que a Fuzz mais vê sou eu. — peguei o desenho em mãos e o analisei. — Nem parece ter emoção aqui, é só um desenho realista. — dei de ombros.

— Tudo bem... — respirou fundo. — A veja da maneira que você quiser, mas eu vou continuar firme com as minhas desconfianças. E só pra me manter mais atenta, eu vou querer que a Fuzz trabalhe comigo no fim de semana, como minha assistente.

— E a Anahi?

— Eu disse que quero a Fuzz. — falou firme.

— Ok... quanto de hora extra vai pagar?

— Hm... deixa eu ver... — colocou o dedo sobre o queixo como se pensasse. — Um total de 0 dólares. — sorriu.

— Enlouqueceu? Não pode fazer isso, é contra a lei.

— Um patrão sabe todas as brechas dos direitos trabalhistas que se pode usar.

— Agora você vai voltar a ficar má? Só porquê está com ciúmes?

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