15º

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Dulce

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Dulce

Os acontecimentos do dia invadiam minha mente enquanto eu tentava me concentrar na série que eu assistia em meu quarto.

Christopher era a segunda pessoa a dizer que eu precisava de um psicólogo. Na opinião dele, eu precisava me tratar, na opinião da minha mãe, um psicólogo era um amigo comprado.
Bem, eu não tinha ninguém com quem desabafar sobre a exaustão que era fingir estar bem quando no fundo, eu estava aos cacos.

Ainda incerta sobre o que deveria fazer, eu peguei meu celular e liguei para a Annie.

— Alô? — ela parecia sonolenta.

— Te acordei?

— Sim, mas não tem problema. Aconteceu alguma coisa?

— Eu quero uma opinião sincera da sua parte.

— Ah... ok. — respondeu com confusão.

— Acha que eu preciso de um psicólogo?

— Hum... psicólogo? Bem... — Annie ficou em total silêncio.

— Responde. — ordenei impaciente.

— Todo mundo precisa de um psicólogo, não? Mesmo que não esteja com muitos problemas. E bem... a senhorita trabalha demais, tem uma vida cheia. Um psicólogo ajudaria a descarregar tudo.

— Ok. Sendo assim, eu quero que você procure o melhor psicólogo da região e marque uma consulta o quanto antes.

— Como quiser.

— Boa noite, Annie.

— Boa noite, senhorita Saviñon.

Desliguei a televisão e tentei pegar no sono sem precisar tomar um dos meus remédios. Já faziam alguns anos que dormir havia se tornado uma dificuldade para mim. Sempre achei que isso fosse algum problema de saúde, mas depois de uma bateria de exames, me convenci de que era estresse. E talvez, depois de ir ao psicólogo, eu conseguisse voltar a dormir bem como antes.

{...}

Eu era uma das primeiras a chegar na empresa e era comum ir até a minha sala sem encontrar ninguém. Mas naquele dia, assim que saí no elevador, esbarrei tão fortemente em alguém que eu poderia ter ido ao chão, se meu corpo não fosse segurado por braços fortes.

Estava prestes a dar um chilique quando meus olhos encontraram os dele e eu perdi a fala. Christopher também me encarava sem dizer nada, enquanto me segurava.

Era loucura sentir uma espécie de atração física toda vez que estávamos próximos? Perdia o controle do meu corpo e só me concentrava nele e em como seus olhos me atormentavam de diferentes formas.

Me libertei do transe quando vi ele aproximar seu rosto do meu. Dei dois passos para trás, certificando-me de que ficaria longe o suficiente dele.

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