61º

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Dulce

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Dulce

A luz artificial daquelas lâmpadas florescentes invadiram a minha retina, acentuando ainda mais a dor na lateral da minha cabeça, cujo eu havia provavelmente batido no chão quando desmaiei.

Ao meu lado estava o delegado, segurando um copo de água e com um semblante de alívio ao me ver acordar.

Eu estava em sua sala, deitada em um dos sofás. E então, lembrei o porquê de eu estar ali.

Levantei rapidamente e assim que sentei, senti uma leve tontura e levei minha mão até minha cabeça.

— A senhorita precisa ter calma, acabou de desmaiar. Como se sente? — ele me ofereceu o copo de água.

— Eu quero ver o meu irmão. — afastei o copo da minha face.

— Só quero ter certeza que a sua saúde está estável. Tem muitas coisas que podem abala-la.

— O meu dia foi cheio de surpresas, essa é só mais uma delas.

— Como quiser. Nós vamos deixá-la sozinha com o seu irmão e ele lhe explicará tudo. É uma coisa que deve ser resolvida em família antes de mais nada.

Ficando de pé, ele ofereceu espaço em direção à porta de sua sala. Já sabendo o caminho, eu saí de lá indo direto para a sala de interrogatório onde meu irmão estava. Antes que eu entrasse, os policiais de dentro saíram.

Respirei fundo e adentrei, fechando a porta atrás de mim. Ele me olhou com espanto e preocupação.

— Meu Deus, Maria, você está bem?? — perguntou preocupado.

— Não me chame assim. — Alfonso sempre se referia à mim com o segundo nome, era a sua forma carinhosa de me tratar. — Estou bem. — sentei na cadeira em frente à ele.

— Eu ainda sou o seu irmãozinho, não vai me privar de ser amoroso com você, vai?

— Por que não foi amoroso comigo nesses últimos anos? Ah, deixa eu adivinhar... porque você fugiu de mim! — berrei. — Foi embora, resolveu esquecer tudo e todos!

— Houve uma boa razão pra isso.

— Mesmo? E por que não se justificou? Me deixou aqui cheia de dúvidas, perguntas que eu não conseguia responder. Me diz, por que foi embora? — o encarei.

— Olha só como são as coisas. Eu estou aqui, algemado, pela primeira vez em anos na Califórnia. Mas você não quer saber o que eu fiz ou como cheguei aqui. Vejo que isso tem sido muito difícil pra você.

— Depois que você foi embora a mamãe foi morar na Alemanha. Eu não tinha ninguém.

— "Mamãe"? — franziu a testa. — Não a chama mais de Mary? — sorriu de canto.

— Eu e ela já resolvemos as nossas diferenças, agora eu preciso resolver o meu problema com você.

— Eu sei que estava me procurando. Sempre que você chegava perto, eu dava um jeito de te atrasar.

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