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Os dias seguintes, eu passei me preparando para a próxima tentativa, e torcendo para que fosse a última, já que meu pai estava ameaçando entrar no meio, porque que Disick não o deixava em paz, e nem a mim. Então eu passava boa parte do dia estressada, e outra parte e um pedaço da madrugada, eu gastava treinando a mira e vigiando Justin de perto. Eu o estava acompanhando em tudo, e começava a entender o porque ele era tão temido e respeitado.

Na quarta-feira, recebi uma visita inesperada, fiquei confusa quando o segurança disse que tinha uma mulher querendo falar comigo, e se chamava Kendall. Liberei a entrada, vesti uma roupa discreta e desci.
A morena estava na sala apreciando o espaço vazio, eu não tinha mobília ali,pois não pretendia ficar em Toronto por muito tempo.

— É uma bela casa - Disse se virando e olhando para mim. — Vazia, mas muito bem planejada.

— Obrigada - Cruzei os braços. — O que faz aqui?

— Não me oferece uma bebida? - Perguntou e eu estreitei os olhos com uma expressão confusa e curiosa ao mesmo tempo.

— Não, o que faz aqui? - Perguntei outra vez, mais séria.

— Você é filha de Dom, logo sei que segue o mesmos passos do pai - Olhou para mim. — Preciso de um trabalho seu.

— Um trabalho meu? - Ergui as sobrancelhas com um sorriso incrédulo. — O que te faz acreditar, que eu sigo os mesmo passos do Dom?

— Não sei - Maneou a cabeça e deu de ombros. — O que eu sei é que, vocês não tem uma boa relação… As más línguas me contaram.

— Diz logo o que você quer e se manda daqui - Cerrei o maxilar.

— Bom, como sabe, seu pai foi pago para dar um sumiço na minha irmã - Disse em tom sério. — Sabe da guerra da minha família com a sua depois disso, e embora eu ache seu pai um ser asqueroso, eu não o culpo, ele estava fazendo um trabalho, os negócios são assim, você sabe - Continuei olhando para ela com a mesma expressão e tentando entender onde ela queria chegar. — Desde que Kourtney sumiu, a minha família vem tentando superar a falta dela e das crianças, e embora todos tenham meio que se conformado, afinal já faz um ano que ela se foi, e até eu havia me conformado, até domingo - Ela disse como se aquilo fosse algo delicado. — Me ligaram do celular do Disick, achei que era ele fazendo alguma ameaça, mas não disseram nada. Eu fiquei dizendo "alô" "o que você quer?" E ninguém disse nada, e eu posso jurar que ouvi uma voz de criança no fundo - Franzi os olhos intrigada. — Eu sei que é loucura, ninguém acreditaria em mim se eu contasse, mas eu ouvi, e logo em seguida desligaram.

— E você acha que…

— Minha irmã está viva - Disse segura daquilo. — Era a voz da minha sobrinha.

— Certo, e você está me contando isso por que? Eu sou uma assassina… Hipoteticamente falando. O que eu poderia fazer por você? - Dei de ombros.

— Você é filha do Dom, ele matou minha irmã segundo Disick - Ela disse gesticulando. — Há alguma possibilidade da minha irmã ter fugido? - Perguntou e eu recuei hesitando. — Por favor, se sabe de alguma coi..

— Não - Interrompi. — Eu não sei de nada, por que veio aqui? Só para isso?

— Hailey eu sei que você é como ele, como minha família - Se aproximou. — Não minta para mim, se não veio fazer nada de mal para ninguém aqui, então me ajuda, eu estou disposta a pagar, mas você precisa me ajudar.

Fiquei em silêncio e fiz uma leitura breve em Kendall. Ela estava desesperada, seu olhar dizia isso. Estava com raiva e com sangue nos olhos, e eu a entendia, o que Disick fez com a irmã e os sobrinhos, era crueldade demais até para mim.

Murder LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora