Almocei com Jaden pela terceira vez desde que cheguei ali. Era meu último dia em LA e eu queria poder dizer que alguma coisa em mim mudou em relação a tudo aquilo, mas não. Eu estava la, sentada de frente para ele, ouvindo ele falar sobre como a cidade fica bonita no verão. Sabíamos que era mais uma mentira que tentavam fazer parecer verdade, e a forma como ele falava, fazia parecer que Los Angeles era mesmo tudo aquilo.
Seu sorriso era realmente bonito e eu poderia facilmente passar horas com ele e não enjoaria de como ele falava tão bem sobre qualquer assunto. As vezes eu tentava me enganar, dizendo para mim mesma que ele me atraía, mas não, Jaden era alguém que eu queria em minha vida, mas somente como amigo.
— Você podia ficar mais - Ele sugeriu quando saímos do restaurante.
— Eu preciso ir, tenho assuntos pendentes em Toronto e estou com saudades da minha filha - Respondi lembrando de Maia.
— Eu sei. Eu só queria mais um tempo para te convencer de que eu sou um bom partido - Ele riu.
— Não precisa me convencer Jaden, eu sei quando alguém é de fato bom ou ruim - Segurei a mão dele. — Você é alguém que eu quero na minha vida.
— Mas…
— Mas - Sorri sem jeito. — Eu amo outra pessoa e por mais que não estejamos juntos, eu não estou pronta para me envolver com alguém.
— Bieber tem sorte - Disse ele inconformado. — Uma pena que ele não te mereça.
— Por favor não me entenda mal, eu adorei conhecer você - Olhei para ele. — Você é um pessoa incrível.
— Você não concorda que ele não te mereça… Hailey se ele te faz bem…
— Justin está melhor sem mim - O interrompi. — Podemos não falar sobre isso mais? Eu adorei as flores que me mandou, são lírios não é? Minha mãe cultivava lírios no jardim de casa. Ao lado das tulipas.
Conversamos por mais um tempo, então ele foi para os compromissos que tinha marcado, e eu criei coragem para ir até o túmulo do Dom. Comprei os charutos que ele gostava e acendi um assim que parei em frente a lápide.
— Lizzie esteve aqui… Só ela acenderia velas para sua alma - Traguei o charuto. — Como é o inferno? Bom, eu acho que querem expulsar você daí, mas você odiaria o paraíso então provavelmente está ajudando o diabo a punir pessoas. Era o que você gostava de fazer.
O som dos passarinhos foi minha única resposta. Meu peito estava angustiado com todas as coisas que haviam acontecido naqueles últimos meses, e eu queria um pouco de conforto daquele que por muito tempo fez com que eu me sentisse inútil e desprezada.
— Eu vim aqui tentar me convencer de que não ter você na minha vida melhorou tudo, mas não… É só uma pessoa a menos para me machucar e para ser machucada por mim… Sua morte me dói Dominique. Não posso negar, ficar livre de suas correntes é bom, mas eu… Eu sinto muito por você ter ido sem ter sido meu pai…O homem que eu idealizei como minha única família. Acho que só eu tinha apreço por você, isso me dói. Doi porque eu queria que você tivesse me amado ao menos um pouquinho Dom.
Fiquei ali em silêncio olhando a foto dele e então o relógio no meu braço apitou me lembrando o horário do meu vôo.
— Eu preciso ir, vou voltar para minha filha - Apaguei o charuto e joguei na lápide. — Ainda me pergunto, como conseguia dormir sabendo que permitiu que me machucassem tanto… Eu acabaria com a vida de qualquer pessoa que tentasse machucar a Maia… Bom, eu vou viver com essas dúvidas e perguntas, mas tudo bem. Até logo pai.
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Murder Love
FanfictionHailey Baldwin é uma assassina de aluguel, temida pelo legado de sua família, ela foi contratada, para exterminar o maior traficante do Canadá. Determinada a cumprir sua missão, a jovem de 22 anos se muda para Toronto, e passa a monitorar de perto o...