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New York era uma de minhas casas, e embora não fosse a minha favorita, eu ainda gostava daquela cidade que nunca parava. Talvez esse tenha sido um dos motivos para que eu a escolhesse, ali seria fácil seguir em frente e ter tudo como eu gostaria que fosse.

Não foi difícil me adaptar, eu consegui meus trabalhos sujos, e como sempre segui trabalhando com o que eu era especialista: movimentar ações da bolsa de valores.

O caos de New York me ajudou bastante na minha missão (sim uma missão) de esquecer Toronto, embora às vezes eu sentisse falta de Kendall. Porém, NY não tirou de mim aquele sentimento confuso por Justin, e não demorei a sentir falta dele.

As vezes eu pensava em rastrear ele, saber onde ele estava ou que fazia no momento, mas eu sabia de algum modo, que isso não iria adiantar. Aquele sentimento, não passou nem com a distância, mas com o tempo, foi deixando de ser uma prioridade. Acho que no terceiro ou quarto mês longe, eu consegui concentrar minhas energias em meus trabalhos, e senti que finalmente estava de volta.

°•°•°•°•°

— Bebendo às 09:00 am Hailey? - Maeve entrou em casa e jogou uma bolsa grande no sofá.

— Madrugada difícil - Respondi e dei um gole no uísque. — Onde estava? - Perguntei fazendo uma leitura completa nela.

— Roubando um carro forte - Tirou o coturno e se jogou ao lado da bolsa. — Tem 100k aqui.

— Roubou um carro forte por 100k? Isso é pouco pelo risco - Fiz uma careta.

— É claro que é pouco, eu não vou andar por aí com um milhão de dólares - Rodou os olhos. — Consegue apagar nosso rastro?

— Ah, isso é para mim? - Me animei. — Quantos veículos?

— Três, mas um era fachada, sabe como é - Se levantou. — Nunca vi tanto dinheiro na minha vida.

— Não acha arriscado? Vocês estão mexendo com empresas privadas - Peguei o no laptop.

— Hailey, essa gente desvia bilhões por mês, o que eles prestam conta, não é 20% do que tiram para eles de forma irregular, esse roubo nem vai ser denunciado, porque se eles denunciam, o esquema deles vai por água abaixo - Respondeu procurando algo no bolso, logo encontrou, era um cigarro de maconha, ela acendeu e sentou outra vez. — Eu não piso onde não sei se é seguro.

— Eu sei disso. Vai investir em drogas? - Perguntei concentrada no computador.

— Não é um bom momento, você sabe disso - Disse e limpou a gargarta. — A morte do Disick dificultou a vida dos outros traficantes, ninguém quer guerra com o Lúcifer, e eu não quero investir meu dinheiro no cara que te expulsou do Canadá.

— Maeve, não misture as coisas. O Justin pode ser rígido com as regras dele, mas seu dinheiro teria retorno. E você não pode confiar que não vão denunciar o roubo, essa gente é esperta. Ficar esse dinheiro, pode te trazer problemas, então, eu aconselho você a fazer negócios com o Bieber. Eu vou investir esse dinheiro no Brasil, porque essas notas podem ser monitoradas e é melhor esse dinheiro ser pego em um navio do que nos meus cofres.

— No Brasil? - Ergueu as sobrancelhas surpresa.

— É, eu tenho alguns negócios no Brasil e lá esse dinheiro vai girar tão rápido que vai ser impossível monitorar - Pisquei para ela. — Sem rastros seus pela cidade.

— Já? Você é rápida, eu me esqueço disso - Fechei o laptop. — Vou procurar o Burtle, ele cuida das coisas do Lúcifer aqui, certo?

— Sim, procure por ele, a conversa vai ser agradável. Ele é um safado então não se deixe levar pelos encantos dele - Aconselhei. — E não fale nada sobre mim.

Murder LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora