Murder Love

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Point of vision Justin Bieber

Eu sempre soube exatamente o que fazer em toda e qualquer situação, e isso me possibilitou chegar onde cheguei.

Não há falhas comigo, não há segundas chances, não há tempo, não há amores ou atrasos, bom, costumava ser assim, porém eu estava conhecendo um lado meu, que eu não conhecia.

Tudo começou em um evento de caridade, assim como outro qualquer, tinha tudo para ser chato e tedioso, então levei comigo o Khalil, já que Chaz não era um bandido que frequentava eventos assim, e Chris preferia bares com dançarinas, a eventos de caridade cheios de pessoas egocêntricas e metidas. Porém algo aconteceu, mais precisamente alguém.

Loira, olhos castanhos, andado sensual e traços delicados. Se apresentou como Hailey Baldwin, nome que me pareceu familiar, mas não o bastante para eu saber quem era. Parecia uma mulher misteriosa e interessante, e eu precisava de mais tempo com ela, afinal, mesmo meu instinto, hipnotizado por seu olhar e pelo sorriso que junto ao conjunto da obra, a deixava minuciosamente perfeita, me mandasse parar ali mesmo.

Passei algum tempo com ela depois do evento, e descobri que o desejo não passaria tão rápido. Quando ela se levantou da mesa, todos me olharam confusos, eu não levava mulheres para jantar, muito menos com meus amigos, no que era para ser uma comemoração formal.

Recebi diversas perguntas naquela noite, as principais de Kendall, que repetia diversas vezes que Hailey não era confiável, mas eu relacionei a implicâncias com o fato do Khalil demonstrar um ligeiro interesse pela loira.

A vi no dia seguinte, e fui surpreendido com uma mulher deliberadamente direta, que transou comigo e me dispensou em seguida, me deixando intrigado e de certa forma, irritado, ela foi breve e sincera, me dizendo que eu era arrogante, e eu soube que ela não era como as mulheres que eu costumava ficar.

Não falei com ela por alguns dias, na verdade eu esperei que ela voltasse atrás, mas não, ela só fez o que queria e me chutou, e isso não deveria me incomodar, já que era o roteiro perfeito para mim, que não queria que ninguém ficasse, que não queria ninguém insistindo, e não pensava em insistir em alguém. Hailey era diferente, e o diferente sempre me intrigou.

Certo dia eu cheguei em meu apartamento depois de um roubo mal sucedido, eu estava transtornado, havia perdido um dos meus parceiros, tudo naquele roubo deu errado. E para a minha absoluta surpresa, Hailey estava ali, conversando com Kendall, e reagiu com tranquilidade à arma na minha mão, ao meu surto e à minha grosseria de (praticamente) mandar ela ir embora. Em seguida, Kendall e eu discutimos, pois eu sabia que ela estava mentindo, e eu queria saber do que se tratava, já que nas minhas investigações, Hailey era exatamente a pessoa que disse que era.

Meu interesse por ela aumentou com o passar dos dias, e depois de um ataque surpresa à minha boate, Kendall acabou contando do que se tratava a conversa das duas, e eu descobri quem era ela.

Hailey era parte da família de justiceiros mais conhecida de LA, e embora, de justiceiros, eles não tivessem nada, pois eram uma família de assassinos profissionais que passavam cartão de crédito, eu não a reconheci. Sempre soube que Dom tinha uma filha rebelde, que não trabalhava com ele, mas não sabia que era ela, e muito menos que estava no Canadá.

Eu, que já queria uma desculpa para procurá-la sem parecer que estava interessado, corri até sua casa, e mais uma vez eu fui chutado, com o discurso de que ela não podia trabalhar comigo, e intrigado, eu entendi que podia abrir mão, que ela não ia mesmo ceder.

Até que em uma certa noite, Hailey apareceu no meu apartamento, apontou uma arma para mim, e revelou todo o plano. Que foi contratada para me matar, e que já havia tentado, mas ela já sabia que não valeria a pena, Hailey podia ser tudo, mas boba ela não era. E nem sua hesitação em atirar em mim, tirava sua credibilidade.