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Saí de casa às 21:19h e dirigi até o condomínio onde ele morava. Estacionei o carro em frente ao prédio, havia um jantar no salão de festas do prédio, então não fui percebida pelos seguranças dele. Entrei como quem ia para o salão de festas, mas desviei o caminho, rumo ao elevador. Entrei e digitei o código. Meu estômago esfriou, mas eu não me deixei levar pelos meus pensamentos.

A porta se abriu e eu dei dois passos para dentro. Estava tudo quieto e silêncioso. Uma garrafa de vinho rosé no balcão da cozinha, me aproximei pegando a arma, atenta a tudo ao meu redor.
Caminhei silenciosamente pela sala, e pela cozinha, ele não estava ali, me aproximei do corredor, ouvi uma música tocando, e ao me aproximar da porta do quarto dele, ouvi sua voz cantarolando por cima da música, mas ainda estava distante, então deduzi que ele estava no banheiro.
Entrei no quarto apontando a arma para frente, a música chegou ao fim, e antes que começasse a outra, vi a sombra de seus pés embaixo da porta do banheiro, eu me posicionei ali sentindo meu coração quase saltar pela boca, minhas mãos frias e um tremor no estômago, ele abriu a porta cantando a música que tocava, demorou três segundos para me ver.

- Puta merda! - Disse levantando as mãos, arregalou os olhos e sua toalha caiu. - Hailey - Pareceu indeciso quanto a agachar para pegar a toalha. - O que está fazendo? Abaixa essa arma - Pediu atordoado. - Não tem ninguém aqui, só nós dois... Você quase me matou de susto.

- Não se mexa! - Ordenei mantendo o foco. Ele franziu os olhos confusos.

- Tem mais alguém aqui? - Perguntou sem entender e eu neguei. - Então por que... Vai me matar? - Indagou incrédulo. - Por que?

- Não faça perguntas - Me aproximei. - Vista algo.

- Não, eu não... Hailey, pare de graça, o que está acontecendo? É alguma brincadeira? - Tentou se aproximar.

- Não chega perto, não tem nenhuma brincadeira Justin, vista algo se não quer que te encontrem sem roupa - Falei séria então ele viu que eu não estava blefando.

- Tudo bem - Ele disse mantendo as mãos no ar. - Eu vou fazer o que pedir, só não... Eu não... Como entrou aqui sem ser vista?

- Tem uma festa lá embaixo, e eu disse para tomar cuidado e não dar o código do elevador para qualquer um - O acompanhei até o armário. - Olha, é o seguinte, se tentar qualquer gracinha, eu abro um buraco na sua cabeça sem pensar duas vezes e te deixo aqui pelado para quem quiser ver. Se tiver algum truque, desista, acredite, eu não tenho nada a perder, então me obedeça ok?

- Eu não vou fazer nada, eu sei quem é você, eu jamais iria te subestimar - Abriu o armário e tirou uma camiseta branca. - Eu só tenho que vestir duas peças de roupas, e vai ser rápido, depois você vai atirar em mim, mas antes, pode me dizer o por quê?

- Eu só estou cumprindo minha missão, não faça perguntas - Falei nervosa.

- Missão? - Vestiu a camiseta, estava nervoso, não com medo, mas nervoso. - Tem uma missão de me matar? Por quê?

- Eu fui contratada para matar você - Contei tentando não perder o foco. - Foi a três semanas atrás, um dia antes de nos conhecermos.

- Ah - Ele disse pensativo. - Então é isso - Olhou para mim. - Não está aqui porque se cansou de Vancouver - Concluiu e então olhou para mim. - Não estava entediada e nem me achou sexy, era tudo parte do plano.

- É exatamente isso - Justin pegou uma cueca e vestiu em seguida.

- Você se envolveu comigo para ficar mais fácil para você - Pegou a bermuda. - Posso saber quem pagou você?

- Está querendo saber de mais, não acha? - Olhei nos olhos dele.

- Bom, eu vou morrer daqui a alguns minutos, eu quero saber pelo menos quem te pagou para me matar... Você deve saber que muitos tentaram e que nenhum sobreviveu, e sabe que quando sair daqui, não vai durar um dia la fora, deve ser uma boa grana.

Murder LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora