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Depois do jantar em que Justin não parou um minuto com as ligações, fomos para minha casa.

Passamos a noite acordados na sala. Ele sentado em uma poltrona fumando um baseado, e eu procurando por pistas no celular do Tony. Minha cabeça não parava um segundo. Tony havia morrido, meus seguranças estavam todos em alerta e querendo ou não, temendo por suas vidas. Fred chegou lá pelas oito da manhã, estava arrasado mas colocou ordem nos outros.

Estávamos esperando por Fai, e tudo o que eu tinha até o momento, era um número de telefone que falou com Tony poucos minutos antes dele ser assassinado. Fai chegou às 09:00, apressado e preocupado.

Conheci o Fai em LA, eu tinha 16 anos e ele foi o mais próximo que eu tive de um namorado, mas Fai era muito focado nos estudos, e eu era uma perdida, então preservamos nossa amizade, e ele se apaixonou por Justine, e desde então, somos amigos e ele me ajuda sempre que eu preciso, e vice-versa.

— O que tem para mim? - Perguntei depois de um abraço rápido.

— A arma usada era uma pistola russa 9mm - Justin e eu nos olhamos. — O atirador encostou a arma na cabeça da vítima e atirou. Eu analisei a cápsula, encontrei uma digital, e ela não está registrada no banco de dados da polícia, e eu não tenho permissão para cruzar a digital com o banco de dados internacional, então, é isso - Fai coçou a cabeça e respirou fundo. — Eu posso fazer isso… Ilegalmente é claro, mas se eu for descoberto, posso perder meu trabalho e eu fui transferido a dois meses, então não quero arriscar.

— Não tudo bem, eu consigo fazer isso - O tranquilizei.

— Não tem como ter sido o Scott. E eu sou o fornecedor mais forte de armas aqui, eu não forneço pistolas russas. Ou tem alguém fornecendo armas por debaixo dos panos, ou seu segurança tinha rolo com a máfia, o que é estranho, teriam torturado ele antes de matar.

— Não - Neguei. — Tony não tinha envolvimento com a máfia russa, isso é loucura - Ri.

— Certo, eu vou falar com a Kylie, a família dela tem negócio com eles, não vou falar com a Kendall porque ela está apavorada, mas a Kylie não sabe sobre a irmã então, vai ser mais fácil - Justin pegou o celular. — Se for mesmo a máfia, acha que isso pode nos prejudicar?

— Já deve ter prejudicado, agora é esperar eles entrarem em contato - Cruzei os braços. — Fai, fique tranquilo, não vão mexer com você.

— Eu sei que não, estou preocupado com você, o que está fazendo em Toronto, e quem é esse cara? - Olhou para mim confuso.

— Longa história - Respirei fundo. — Como vão as coisas? É a ciumenta? - Desviei o assunto.

— Justine e eu não estamos mais juntos, ela está em Toronto, mas não nos falamos mais depois do término - Contou. — Eu preciso ir, tenho que estar no departamento ás 10:00. Me ligue se precisar, e toma cuidado - Segurou meu rosto e me olhou nos olhos. — Se cuida - Beijou minha testa.

— Pode deixar - Beijei sua mão. — Fred vai te acompanhar, não some dessa vez.

Fui com ele até a porta e depois voltei para sala.

— Falei com a Kylie, ela vai ver o que pode fazer - Justin colocou as mãos na cintura. — Hailey você não acha isso muito estranho? A quanto tempo o Tony trabalha para você?

— Dois anos. Sim, acho estranho, eu não me lembro de matar ninguém ligado a máfia, então se isso não era com o Tony, não faço ideia do que seja.

— Você está com medo? - Se aproximou.

— Não, eu estou preocupada, se isso for comigo, eu tenho que redobrar a segurança.

Murder LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora