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POV'S Justin Bieber

Voltei para casa naquele dia e pensei durante toda a noite sobre a conversa com Maeve. Já não importava mais a vingança, de certa forma, era só uma desculpa para manter a Hailey por perto. Sim, eu fui egoísta a esse ponto, mas a verdade é que passou a ser impossível seguir com aquilo tendo sentimentos por ela e sabendo sobre eles.

Hailey não era mais a mesma, e saber que eu era responsável por ela ter apagado, me fez lembrar o quanto eu gostava de sua liberdade, do seu riso debochado, de quem podia conseguir o que quisesse sem qualquer esforço bruto. Do seu andado sensual e de suas respostas sinceras.

Quem eu quero enganar? Eu me apaixonei por ela por inteiro,  gostava até a forma como ela segurava a arma… Sim, eu reparava nisso, reparava em tudo. A forma como ela umedece os lábios sem pretensões e ainda assim me fazia querer beijá-la, o jeito dela parar para esperar alguém, a maneira dela de demonstrar carinho dando leves beliscões na mão do Chaz por exemplo.

Eu nunca imaginei que pudesse sentir algo assim, nem sei se acreditava de fato no amor entre duas pessoas, e então ela apareceu e eu me apaixonei por ela.

Talvez seja como Maeve supôs, ela simplesmente vá embora, mas vou fazer o que disse que faria quando a coloquei nisso.

Eu disse que ela teria para quem voltar, que teria um restaurante favorito e uma vida normal no meio da nossa bagunça, porque no fundo, era isso que eu desejava. Que ela ficasse e voltasse para mim todas as noites.

Maeve e Chaz tentaram convencer a fazer uma festa, mas a Hailey estava irredutível quanto a isso, e eu já havia forçado ela a coisas demais, não iria apoiar essa ideia maluca, se ela não queria comemorar, então não iria.

Ela passou o dia trabalhando, estava focada em seus investimentos, mas também acho que tinha algo a mais, já que começou a falar no telefone sobre alguém, achei que era com o Dom, mas não quis xeretar nisso, pois ela era esperta e saberia se eu tentasse acessar seu computador ou se a tentasse lhe arrancar informações.

Estávamos na sala, ela em um poltrona resolvendo suas coisas e eu esperava notícias sobre o novo carregamento de armas.

— Loira - Chaz entrou na sala segurando um embrulho. — Te trouxe um presente.

— Chaz, eu disse que não queria presentes - Ela o olhou com um olhar furioso e ele deu um passo atrás, o que me fez rir.

— Aceita - Colocou o embrulho na mesa de centro. Ela semicerrou os olhos, fechou o laptop o deixando de lado e pegou o embrulho.

— Se for doce eu vou jogar na sua cara - Deixou claro abrindo a pequena caixa com embrulho de corações. — Para que embrulhou? Mais plástico no mundo Chaz Somers.

— Deixa de ser rabugenta - Reclamou.

Ela olhou para ele depois de ver o que era e então riu.

— Me comprou num celular? - Rodou os olhos. — Para que me comprou isso?

— Bom, o seu celular é de quatro anos atrás, a maioria das funções estão defasadas, e antes que diga que não era necessário, era sim. Esse seu celular pode ser bem equipado e impenetrável, mas é péssimo - Disse de forma persuasiva e ela fez uma cara de "eu não estou nem aí para nada disso".

— Um Iphone da última geração - Maneou a cabeça. — Podia ter me dado um doce para eu jogar na sua cara.

— Eu tenho balinhas aqui, quer uma? - Provoquei em tom divertido.

— Para jogar em você? Quero - Retrucou. — Ok, você me deu um celular de presente, se tiver algum programa para você espiar minhas mensagens aqui, eu tiro você do meu satélite - Disse em tom ameaçador.

Murder LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora