Cap.8

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  — Vamos passar o carnaval aonde? — o Marquinhos perguntou.

   Dei um gole na cerveja.

  — Não sei, que tal Cabo Frio? — a Anna sugeriu.

  — Cabo Frio mesmo. Vai ser muito bom.

Passei o dedo na borda do copo, olhando para o pessoal dançando.

O Thiago já tinha sumido.

— Quando vamos? — perguntei.

— Que tal sexta? Hoje é domingo, então, temos bastante tempo para nós arrumar.

Concordei com a cabeça e me levantei.

— Bom, eu vou dançar um pouco. — arrumei minha saia e entreguei o copo de cerveja ao Marquinhos.

Peguei minha bolsa com o celular. Fui para a pista de dança. Sentir uma mão no meu braço, me virei.

— Oi Lilian, quanto tempo. — olhei para o homem na minha frente.

— Roberto? Quanto tempo. — passei meus braços envolta do seu corpo.

— Aí Deus, que saudades de você. — ele me levantou um pouco do chão. Rir.

— Como você tá? — me soltei do mesmo, andei um pouco para trás.

— Indo, e você? — coçou a nuca.

— Eu também, sair da casa do meu pai.

— Sério? Até que é enfim, demorou até. — ele falou em um tão de deboche.

  — Sim, já estava na hora.

  — Você está linda. O seu corpo... tá maravilhoso.

  — Humm, obrigada. — falei meio sem graça. Nunca gostei que o Roberto me elogiasse.

   Nunca me senti muito confiante em ficar nua na sua frente. Fiquei puta quando soube que ele grava as nossas transas e mostrava aos amigos, isso foi o basta para o nosso "relacionamento" acabar.

  — Humm, aceita uma bebida? Conversamos um pouco.

  — Eu tô com os meus amigos.

  — Uma bebida não faz mal ao alguém, certo?

  — Você está certo. Vou querer só um pouco.

  — Vamos lá. — ele colocou a mão nas minhas costas, me guiando até o bar.

   Me sentei na cadeira.

  — Dois Whisk. — ele levantou a mão.

  — Um Whisk e uma cerveja. — o garçom anotou os pedidos e saiu. — Não gosto de Whisk. — sussurrei.

  — Tá fazendo faculdade? — me virei para encara-lo. Sua mão foi para a tatuagem no meu ombro, acariciando.

  — Direito. E você? Tá fazendo faculdade ou ainda é um vagabundo?

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